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2.11.06 • 17:35
Vanguarda! Vanguarda!
Rafael Braga

Caros leitores da REVISTA CHRONO

Retorno ao jornalismo opinativo depois da hibernação do saudoso “O IMPACTO” porque acredito que falta substância ao debate político portoclarense. Se todos os que emitem opiniões nesse País fossem capazes de formular uma justificativa de cinco linhas (mesmo que repletas de erros ortográficos), teríamos um debate político com mais vida.

Infelizmente, em um mundo que deveria ser amplamente plural (desculpem, hehe) o que se vê são os velhos problemas, o velho “mais do mesmo”, o que nos faz, às vezes, pensar que até o novo, no fundo, é velho. Pessimista? Talvez... "...deve ser da idade".


DEIXA O HOMEM TRABALHAR

“Sob o véu diáfano da fantasia...” a Frente Plural está cada vez mais parecida com o PT, embora o Companheiro Lula não seja tão prepotente e arrogante quanto foi o Companheiro Liebàn, ao menos em sua última (e desastrosa) incursão oficial em Lista Nacional. Assim como Lula evitou o vermelho em sua campanha, Liebàn também se distancia da imagem da Frente Plural, ao entrar em atrito direto (e público) com Fabiano Carnevale.

Se fosse apenas para fazer uma imagem de neutralidade do Governo com relação ao jogo político portoclarense até que seria compreensível. Porém, garantida a eleição, o Companheiro Liebàn, assim como o Companheiro Lula, adotam a prática do “afaga tucano”. Ao procurar garantir sua governabilidade e fugir das bicadas afiadas das aves coloridas, Liebàn abraça e traz os tucanos para o governo, entretanto, há um preço alto a ser pago: a execração pública de Carnevale, antagonista principal do alto tucanato.

Porém, a posição de Carnevale perante a sociedade está cada vez mais consolidada, enquanto os abutres (não eram tucanos?) insistem em tentar desqualificar suas posições políticas. Enquanto Liebàn protege os tucanos, desagrada parte importante de sua base de sustentação, especialmente a ala carnevalista da Frente Plural e os setores progressistas da sociedade...

Sabemos que Liebàn nunca foi unanimidade dentro da Frente Plural e que Carnevale é o único remanescente da configuração original da FP e participante da formação de sua ideologia primária. Sabemos também que grande parte do apoio da candidatura Liebàn veio no vácuo da candidatura de Carnevale, o senador mais votado e da sua cruzada contra os cardeais tucanos. Sabemos aliás, que do “seio tucano” saíram centelhas de resistência e mesmo de voto nulo, candidato aliás que os tucanos sabem apoiar como ninguém.

Se o tom utilizado pelo Presidente não mete medo, ao mesmo tempo nos remete a um passado não muito distante, muito embora entre Daniel Saes e Gustave Liebàn haja um hiato ideológico inegável. Assim como é inegável também a predileção do Presidente em trazer o governo na rédea curta, o que pode desagradar alguns setores da sociedade dos quais o Presidente ainda tem apoio. O Presidente tem comportamentos diferentes que variam entre a complacência e a condescendência para algumas pastas e a irredutibilidade conceitual para outras. A inexperiência política do Presidente têm lhe custado algumas baixas que podem ser sentidas no longo prazo.

Desta forma termina o que foi apenas o primeiro mês de Governo Liebàn. Enquanto o povo espera por realizações, o Presidente está no olho do furacão da política. Se eu fosse apostar, diria que uma intervenção dos cardeais tucanos afastará o Presidente do foco político até porque eles sabem, conhecem e contam com a ebulição do caldeirão da FP.

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