Revista Chrono
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Chrono Opinião! - 02/06/2010 - "Repensar a LOJ – D...
Edição 07
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Dupla Cidadania
Aconteceu no Senado
Soluções
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Apresentação
Minha primeira contribuição
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18.1.08 • 16:46
Dupla Cidadania
Alexandre Carvalho

Em tempos bicudos para o micronacionalismo, surge novamente a polêmica da necessidade de se permitir a dupla cidadania, ou até mesmo a multicidadania, para incentivar a participação em duas ou mais micronações.

Porém, apenas aqueles cidadãos com um razoável tempo disponível é que poderia usufruir desta "vantagem", sob pena que não realizar nada em lugar nenhum. Mas e as controvérsias que existem atualmente, algumas delas históricas, entre micro países?

Quando fui premier do Sacro Império de Reunião, o Imperador Cláudio I enviou projeto de lei chamado Estatuto da Cidadania, que em seu artigo 2º permitiria, caso fosse aprovado pela Assembléia, a instituição da dupla cidadania para os reuniãos. O Estatuto foi então aprovado sem emendas e encaminhado para a minha sanção.

Na época, não aceitava tal situação, tanto que havia expulsado do país o cidadão Gustavo Trident, que era na verdade João Paulo Real, que havia pedido cidadania em inúmeras micronações e depois fixou-se na República de Porto Claro. Entendia que a pessoa deveria ser fiel a uma única nação. Para participar de outras micronações existiam outras modalidades, como visto de trabalho, diplomático ou mesmo indo como turista e interagindo com os cidadãos da micronação visitada.

Com todos esses argumentos, sancionei o projeto parcialmente, vetando o artigo 2º. A legislação reuniã obrigava que o veto do Premier a projetos encaminhados pelo Palácio Imperial deveriam ser confirmados pelo ECIE (Egrégio Conselho Imperial de Estado). Depois de apresentar meus argumentos também aos Conselheiros, o veto foi confirmado.

Posteriormente, agindo como Armando de Kergaz em Porto Claro, verifiquei ser possível trabalhar em mais de uma micronação, desde que esse "trabalho" não seja ligado a espionagem ou coisas do tipo. Foi possível executar as diversas funções nas duas micronações - Reunião e Porto Claro - justamente porque havia destinado tempo para essas tarefas, o que não significa que foi manter a atividade impecável. (Não farei julgamento sobre a conduta adotada ser considerada crime, não sendo este o objetivo do texto).

Mas e hoje? Seria possível adotar a dupla cidadania? Ou faríamos como ocorre atualmente na União Européia, onde cidadãos de um país podem trabalhar legalmente em outros países do mesmo bloco? Ou ainda, criaríamos um novo país, que buscasse acobertar todas as ideologias em um único lugar (utopia?), uma nova micronação que fosse povoada pela grande maioria dos micronacionalistas atuais, muitos desgarrados ou "perdidos" em micronações a beira da extinção. Quantas mentes não poderiam ser aproveitadas neste mega-projeto?

A segunda versão da MICROCON, idealizada por mim, buscava reunir em um só lugar, mentes privilegiadas do micronacionalismo, que trabalhariam em conjunto encontrando soluções para os diversos problemas micronacionais. A idéia não teve a aceitação esperada e o projeto naufragou.

Apesar de ainda não me agradar a idéia de cidadãos duplos - não paples - vejo que é cada dia mais necessário a adoção de medidas próximas da dupla cidadania buscando alavancar as atividades micronações. Mas não é a melhor solução a ser tomada. Uma união entre micronações - estilo União Européia - que foi discutida em minha última viagem a Porto Claro poderá ser uma medida até mais interessante, desde que os governos dos países integrantes da União colaborem dando emprego a estrangeiros.

Fica aberta a discussão.

Alexandre Carvalho é cidadão do Sacro Império de Reunião.

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17.1.08 • 13:36
Aconteceu no Senado
Deoclécio Galvão

Os acontecimentos do Senado nesta última semana deixaram marcas. Ainda não se sabe realmente o que aconteceu, mas sabemos o porquê. Fizemos o que fizemos porque queríamos atividade, tínhamos atividade, mas o Presidente não nos “permitia” trabalhar. No momento de medo que o Senado Nacional entre numa paralisação definitiva e volte à ativa somente para receber a renúncia de seus membros é que nos juntamos e reclamamos à falta do presidente. Foi um ato muito corajoso, e bem vindo, que ativou a máquina da república como um todo, com a discussão indo parar em Lista Nacional.

Mas porque chegou a este ponto? Porque foi necessário os Senadores intimarem o Presidente do Senado? Pegando carona na “trama” Ascensão, morte e ressurreição – Luiz Monteiro, Ô Micromundo! – olhamos para o Senador Gustavo Mendes neste constante círculo vicioso: acessão, quando foi “Super-Ministro”, Presidente de PC e Presidente do Senado. Morte, quando da sua inatividade nos cargos de presidente. E ressurreição, quando da sua volta para a ativa quando foi eleito senador e agora para dizer que não iria renunciar ao cargo de presidente do legislativo.

Eu, enquanto microcidadão tenho uma dívida com o Gustavo, assim como tenho com o PDL e seus membros, afinal foram ambos que me proporcionaram o alicerce para estar onde estou e fazer o que estou fazendo, mas esta dívida não me isenta de cobrar atitudes que ajudem o país a progredir, e o PDL tem cumprido com o seu papel. Já o Senador-Presidente está deixando muito a desejar. Certo que não há um mar de OD’s para serem discutidas e votadas, mas isso não significa que o presidente do Senado não tem que ficar ativo, a sua inatividade deixa sua imagem enfraquecida, da mesma forma como a do seu partido, o P3D, que já foi intitulado pelo Chanceler como um partido que ainda age por impulso. Espero que o Senador reflita sobre estas suas atitudes micro, assim como identifique quais os motivos que o faz ficar inativo para que possa tentar superá-los, ou então, ter a mesma honradez que o Senador Augusto Junior teve no episódio passado e renunciar ao cargo de Presidente do Senado, não ao cargo de senador, pois se continuar a ficar inativo, o próprio regimento dará cabo do seu mandato.

Até a próxima quinta.

Deoclécio Galvão é Senador da República e Presidente do PDL

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16.1.08 • 11:16
Soluções
Sávio Erthal

Segunda coluna, agora sim, depois de semana passada ter voltado a ativa criticando, desta vez tentarei apresentar uma idéia que possa ajudar a desenvolver a atividade sustentável em Porto Claro, principalmente no campo da política, do debate político que é o verdadeiro campo onde são plantadas as idéias de Porto Claro, algumas germinam outras não.

O debate político normalmente se dá no período eleitoral, essa é a regra, claro que em momentos raros ocorre fora desse espaço temporal, porém cada vez mais difíceis. Partidos Políticos fragilizados pela relação espaço micro e macro não conseguem passar identificação de suas idéias enquanto força partidária, no máximo manifestam a individualidade de seus membros, todos se animam passa um eleição e pronto, os esforços se concentram no Palácio Diamante ou no Senado, quando na verdade lá deveria ser apenas o resultado, o ponto final de um trabalho contínuo que deve ser feito dentro dos Partidos, cada um a sua maneira.

Desta forma creio que a realização de quatro pleitos oficiais por ano deva ser seriamente analisada, debatida e projetada, mantendo-se, claro seis meses do mandato Presidencial e igual período para cada legislatura, diferenciando apenas as datas que essas eleições se dariam, até mesmo porque uma micronação muda em seis meses, assim como os anseios e expectativas.

As leis por sí só, não possuem o condão de transformar o pensamento de uma coletividade, mas pode dar instrumentos eficazes para que isso ocorra, desta forma, se existisse nos meses de março e setembro eleições proporcionais e em dezembro e junho para eleições majoritárias fatalmente teríamos o dobro de debate político em cena.

Com a atividade política em alta, não seria difícil imaginar a imprensa voltando a ocupar o lugar de destaque em Porto Claro, o que traz também micronacionalistas que não se interessam por política mas por outras áreas abordadas pela imprensa e a partir daí a iniciativa privada com outros setores poderá também se organizar.

Pois se tem uma coisa que já deviamos saber é que a ocupação principal, geradora maior de atividade, dentro do micronacionalismo é o setor público, a partir dele se constroí a iniciativa privada, não se trata de ideologia, de partidarismo, e sim de pura constatação de que o contrário é apenas mais uma forma de querer trazer elementos do macro para o micronacionalismo que nunca deram certo, por isso quanto maior a atividade política, maiores são as chances do país se desenvolver de forma sustentável.

Sávio Erthal Moraes,
cidadão de Porto Claro,
foi Presidente da República por duas vezes.

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15.1.08 • 20:09
Confissões
Luiz Monteiro

Devo confessar que após escrever minha coluna anterior e ver a mesma publicada na CHRONO, peguei uma edição, envelopei com carinho e me dirigi até o posto dos correios do Distrito de Danielle, onde resido, a poucos metros da Mansão do Luca Dalbianco. O posto fica de frente para a praia mesmo, numa posição privilegiada apenas permitida pelas pouquíssimas construções do Distrito de Veraneio. Enviei para o meu bom e velho amigo Francisco Russo que está de viagem ao velho continente.

Recebi a resposta em poucos dias. Começa me puxando a orelha por chamá-lo de mestre. Humilde como sempre, não consegue externar sua importância para a imprensa portoclarense (sem falar de política, judiciário, relações exteriores e etc), embora eu tenha certeza que ele a concebe. Eis algo que não muda entre nós, continuo rasgando-lhe elogios com dupla felicidade: a primeira de render as homenagens que penso que ele merece e a segundo por ter certeza que ele não se conforma com as mesmas.

Bom, prosseguindo, meu amigo começa advertindo-me que não devo chamá-lo de mestre e prossegue dizendo em termos gerais que o texto está bom mas que pequei pela pomposidade da escrita, sobretudo no início do texto. Explicou-me que não era necessário esgotar todos os recursos lingüísticos de uma só vez e, principalmente, explicou-me que eu tinha o dever de me fazer compreender entre meus leitores, de qualquer tipo, mesmo aqueles que são bem mais novos.

Tá certo, ponto para ele. Ele é ou não é o mestre? Tenho certeza que odiará estes elogios rasgados na imprensa – me deleito pensando nisso. Em nossas trocas de correspondência o mesmo me sugeriu falar um pouco do Direto do Beco, que segundo suas palavras, foi a melhor coisa que nos propusemos a fazer juntos: Eu, ele e Ricardo Jr. O Direto do Beco Escuro nada mais foi que o fruto da idéia, se não me engana a memória, do Ricardo Jr. A proposta era simples: Por que não gravamos nossas conversas, sem edições, sem cortes e mostramos para todo mundo?

Algumas fotos do Golden
Da esquerda para a direita: Russo, Ricardo Jr., Eu, Ex-Juiz Silveira e Braga

Ora, por que não? Era uma idéia bastante instigante. Para melhor explicar isso, elucidarei primeiro estas reuniões que tínhamos. Costumávamos nos encontrar com muita freqüência no Golden Rose, um botequim muito do pé sujo na Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro que em verdade se chama Rosa de Ouro. Lá, cansei de fechar engradados de cerveja BRAHMA CHOPP com Rafael Braga, que só gostava dessa marca embora eu preferisse SKOL. Bebíamos muito mesmo naqueles tempos.

E desses encontros, regados a muita birita, quase sempre na companhia de Ricardo Jr e Francisco Russo, que nunca beberam nada, nasciam as mais complexas estratégias políticas, ações jurídicas, tomadas de decisões e, algumas vezes, até mesmo o calendário eleitoral de Porto Claro fora decidido ali, em meio a um calendário-folhinha de comercial do Bar. Geralmente os encontros eram aos sábados, começando por volta das 13:00 e indo até o momento de nossa expulsão com balde de água sanitária e tudo, nunca antes da meia noite!

Com o tempo Rafael Braga acabou se mudando para São Paulo em busca de seu amor e os encontros no Golden Rose foram diminuindo de freqüência.

Até que de súbito, como sempre tudo nesta vida micronacional, voltamos a nos encontrar, mas desta vez no centro do Rio de Janeiro. Eu e Ricardo Jr. trabalhávamos lá, o que alterou a geografia de nossos encontros. Começamos a nos encontrar num boteco, muito sujo também. Sempre foi minha predileção estes ambientes absolutamente rasteiros onde ecoam democraticamente todas as vozes do Brasil, como diria Nelson Rodrigues.

O local, bom, só vendo mesmo para acreditar. O bar encontra-se num beco escuro o qual muitas donzelas têm medo de passar. Mentira, muitos homens também. Um local absolutamente escuro, com máquinas caça níqueis e os piores cachaceiros do mundo, movimentando uma áurea negra de medo promovida por conversas bêbadas em alto som e baixo nível. Com a clientela basicamente formada por sujeitos estranhos, palitos nas bocas desdentadas, muitas correntes douradas nos pulsos e nos pescoços, sujeitos que quando não eram altos, eram imensamente inchados de cachaça. Sempre todos suados, todos bêbados, todos falando alto, todos ameaçadores.

Única foto do Beco Escuro

Bingo, lá era meu lugar, ali eu andava com desenvoltura. E lá propus que nos encontrássemos uma vez, e outra vez e assim por diante várias vezes, sempre na parte da noite, sempre após as 19:00 até sermos expulsos. O nome do bar nunca soube, mas Francisco Russo deu o nome sugestivo de Beco Escuro como ficou conhecido. Lá surgiu a idéia de gravarmos as conversas. Daí o nome Direto do Beco Escuro.

Bom, era o ano de 2006 se não falha a memória. Gustavo Mendes acabara de se eleger Presidente da República pela Frente Plural, eu fui nomeado Ministro da Justiça e Francisco Russo nomeado Ministro da Cultura, ambos somos PSDNistas. Eu também havia sido eleito senador. Disputavam a presidência do senado André Szytko do PDL e Fabiano Carnevale da Frente Plural. Neste palco muito interessante começamos a gravar nossas conversas.

Cada programa rendia mais de uma hora de conversa, de forma que para não ficar muito cansativo, dividimos as seções em mais ou menos 10 minutos, o que nos proporcionava programas diários. Para vocês ouvirem como ficou o primeiro programa, segue o link.

Vocês irão perceber o começo tímido de nós três, como por vezes nos atropelávamos, o burburinho da rua e uma batida irritante e constante. Depois descobrimos que era minha mão socando a mesa. Bom, então fomos para casa aquele dia e o trabalho pesado da edição ficava com Francisco Russo e Ricardo Jr. Meticulosamente, Francisco Russo ouvia toda a conversação e depois seccionava o arquivo nos pontos que achava interessante. Por vezes permitindo o fim de um raciocínio, por vezes aproveitando uma pausa normal dos debatedores, por vezes aproveitando a mudança de assunto. Reconheço que era um trabalho pesado e muito bem executado.

Depois passava para mim, para dar uma escutada e ver como ficou. Raras vezes pedia que modificasse uma secção e apenas em duas vezes sugeri a censura do que foi dito. Uma vez fui pouco elogioso ao Claudio de Castro, Imperador de Reunião, e fiquei com medo de um processo judicial na esfera macro. Na segunda vez tivemos que cortar algumas palavras do Luca Dalbianco, não pelo conteúdo, mas pela sua péssima dicção que deixou ininteligível o programa.

Ricardo Jr. cuidou da vinheta. Trabalhou com cuidado uma música de fundo bem maneira, fazia a apresentação dos convidados, às vezes dava pistas do que seria debatido, tudo terminando num fade out perfeito.

Essa era a práxis, mas no primeiro programa não foi assim. Francisco Russo e Ricardo Jr. fizeram toda a edição sozinhos, eu estava com meu computador quebrado à época. Então não tinha a dimensão do trabalho realizado, não sabia o que esperar, não estava acostumado a ouvir minha voz gravada e nunca ouvira falar de um programa gravado no micromundo.

Sabem como eu ouvi o primeiro programa? Pelo telefone, isso mesmo. Ricardo Jr. finalizou o arquivo, ligou para mim, aumentou o volume e encostou o aparelho do telefone na caixa de som. Ouvi dez minutos, em silêncio, vibrando por dentro, por aquilo que sabia que era um bom trabalho. Mais até, era uma aventura, colocaríamos nossas opiniões, ao vivo, sem cortes, com palavrões, com erros de português para todo mundo ouvir... e criticar!

Foi uma sensação muito estranha e me lembro até hoje do frio na barriga em lançar este programa. Como iriam reagir? Era pesado, falávamos palavrões, eu criticava muita gente, os rapazes também. Bom, foi um sucesso. Era escutado em vários outros micropaíses, recebíamos e-mails. Era muito, muito bom. Pediam para participar também. Acabamos encorajando outros micronacionalistas, como Lima do LimaPodCast e o Veloso que também fez algo com podcast.

Foram muitos programas, fomos melhorando bastante com o tempo, tudo foi ficando cada vez mais interessante. Mudamos o local para o Cine Odeon, porque no meio da Rua tornou-se impraticável devido ao barulho. Certa vez entrevistamos o então Presidente Gustavo Mendes por Skype. Foi bastante marcante.

O programa acabou pela completa falta de agenda entre nós três. Ricardo começou a estudar para a Petrobras – hoje é empregado, isso tomou muito do tempo dele. Eu e Russo também tivemos nossos problemas de horário. Nunca mais fizemos o Direto do Beco como acabou sendo abreviado e conhecido, mas a vontade de voltar nunca desapareceu.

Assim que o Francisco Russo voltar de sua viagem, faremos um, com certeza. Espero que gostem.

Luiz Monteiro
é o Chanceler da República de Porto Claro

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10.1.08 • 11:54
Apresentação
Deoclécio Galvão

Eu não sou jornalista, e para falar a verdade nunca tive nenhuma intenção para com o exercício de profissão tão espinhosa quanto esta; ingressei nesta aventura mais como uma forma de diversão inteligente, e ao mesmo tempo ser participativo, do que pela vontade de escrever (fosse ao menos um daqueles discursos inflamados de cima de palanque...).

Ainda bem que Deus sabe trabalhar com ferramentas insuficientes, é acreditando nisto que eu me lanço nesta nova empreitada.

O que esperar de mim? Não faço a menor idéia! O que por um lado é até bom, levando em consideração que a surpresa aumenta o interesse, (mas algo me diz que não será o meu caso).

Poderia agora falar de vários assuntos que assombra o nosso dia-a-dia, mas não o faço porque sei que não tenho gabarito suficiente para tal façanha, não sou um Arnaldo Jabor da vida para criticar o governo, também não vou fazer desta coluna uma festa de elogios, até porque sou presidente do partido da situação, e não quero ser chamado de puxa saco! Prefiro ficar neutro neste nosso primeiro de muitos encontros, pelo menos eu espero – afinal, ir pra cama no primeiro encontro, não é nem um pouco romântico!

Posso adiantar que irei falar de alguns assuntos de interesse geral na minha próxima coluna: Distritos (um tema que ressuscitou depois de tanto tempo), Atividade, Eleições (quem sabe reeleições), cidadãos inativos, piadas, besteirol (latino-americano)...

Espero que não fiquem desapontados por ter um cidadão inexperiente escrevendo para vocês... bem é isto, não se preocupem com as abobrinhas que escreverei... elas não tem vida própria. Até a próxima quinta.

Deoclécio Galvão
é Senador da República de Porto Claro
e Presidente do PDL

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9.1.08 • 11:08
Minha primeira contribuição
Sávio Erthal

Volto a escrever com a alegria de antes, com a vontade de antes, mas antes do quê? Antes da perda da inocência, perdi a minha inocência micronacional mais por minha culpa, admito, que pela passagem do tempo em Porto Claro, essa nunca me fez mal. Voltei de teimoso, voltei porque sou um sonhador, - que o Presidente não leia isso, ele não sonha - sonho com o dia que Porto Claro possa voltar a exibir debates calorosos e vibrantes sem vulgaridades, sem ter que ler a faixa com a famosa frase do Kennedy em frente a janela do Gabinete Presidencial, um "cala-te" com ares de autoritarismo repetido como frase de efeito.

Sou teimoso porque acredito que quem critica e cobra está fazendo tanto pelo país quanto os destinatários das criticas e cobranças, teimo porque já vi Porto Claro brilhar com os mesmos cidadãos que estão em território nacional e sei que com os novos valores que se juntaram nos últimos três anos, temos toda a capacidade para voltar a brilhar.

Essa semana vou falar um pouco de nossa Maison, nossa Chancelaria, tão tradicional e velha de guerra, que volta e meia nos dava alegrias e surpresas, grandes homens e uma grande mulher já ocuparam aquela cadeira, de características tão diversas quanto Dalbianco e Carnevale, sempre pudemos discordar de seus atos sem que suas respostas fossem levadas ao plano pessoal, na maioria das vezes sem nada a ver com o que fora questionado. Sempre havia uma resposta.

Desde um pouco antes do episódio do domínio de Porto Claro já se percebia um sentimento muito ruim que hoje ainda com mais força predomina nossas relações, Porto Claro nunca foi pequena em suas gestões, nunca as Relações Exteriores de Porto Claro foram baseadas na dicotomia bom/mau; certo/errado, pois acreditar nisso é se limitar o que é por natureza ilimitado, o próprio micronacionalismo.

Não existe no micro ou no macro, depositário único da verdade, da justiça e da moralidade, não se julga uma micronação por critérios aleatórios e pessoais, mas, se for o caso, pela cultura, tecnologia, atividade e capacidade de renovação, não apenas de pessoas, que é cada vez mais difícil, mas principalmente pela renovação de pensamento, as idéias, em prática ou não, sempre foram as asas do micronacionalismo, por isso precisamos também sonhar.

Não se ameaça um Presidente de uma micronação outrora amiga com um crime passível de expulsão distorcendo claramente suas palavras, a lei penal de Porto Claro usada como esteio para a falta de atenção e cuidado com as coisas públicas, o Chanceler da República de Porto Claro praticamente mandando que o Presidente de Mallorca fizesse as malas e sumisse, porque? Não gosta dele, os amigos do Chanceler não gostam dele e pronto.

Mas aplaudo, de pé e acordado, iniciativas como a da Federação das Empresas Privadas, fico encantado com a persistência e coragem do jovem Vinícios Prates e extasiado com outras áreas da administração pública como a Cultura lutando contra a fraca participação popular, pois nessas horas é que precisamos de Governo, aplaudo a coragem dos que estão aqui, lutando pra não se deixarem corromper com a difusão do pensamento oficial de que há uma guerra entre mocinhos contra bandidos.

Pensar dessa forma é acreditar e, pior, fazer acreditar que o micronacionalismo se divide entre guardiões da moralidade versus paplistas espiões, entre micronações amigas e inimigas e nunca vai admitir que sim, podemos aprender e ensinar o micronacionalismo juntos, sem que isso signifique união, fusão ou qualquer outra idéia que vise desfragmentar o micronacionalismo.

Encerro aqui minha primeira participação, até as seguintes, uma ótima semana a todos e para não sair do caminho espinhoso das citações, uma de Tácito: "Quem se enfada pelas críticas, reconhece que as tenha merecido".

Sávio Erthal Moraes,
cidadão de Porto Claro,
foi Presidente da República por duas vezes

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8.1.08 • 14:57
Confissões
Luiz Monteiro

Prezados Leitores, para esta minha primeira coluna após muito tempo sem escrever para imprensa, dúvidas atrozes me acometem incessantemente. Afinal, o que eu vou escrever nesta primeira coluna do ano, que se pretende semanal? Eu, em minha imensa pretensão e arrogância pensei: “Preciso achar um tema que seja fundamental, exasperante, corajoso e principalmente novo”.

Ainda, dentro de minhas divagações, o estilo de minha escrita logo tomou conta de todo o espaço de pensamentos, como que absolutamente imprescindível saber primeiro o “como” iria escrever para depois pensar no “que”. Lembrei dos Boletins do Ministério do Trabalho, quem em 1998 escrevia, de maneira muito simples, juntando as qualidades dos desocupados e a descrição dos postos de trabalho livres. Tempo remotíssimo, minha escrita mudara muito. Lembrei ainda de minhas passagens pela Folha de Porto Claro, onde escrevia colunas enormes analisando as condutas passadas, presentes e futuras de meus heróis e anti-heróis (nunca vilões) políticos, como Rafael Braga, Fabiano Carnevale, Francisco Russo, Daniel Saes, Aluízio Fagundes e outros que tive o privilégio de ver ocupar as cadeiras do poder.

Mas, ainda que pense nestes tempos com saudade e no ofício de então com certo orgulho, sei que hoje não sou mais o mesmo. Embora saiba que tenho a capacidade de manipular a palavra – e isso indiscutivelmente me dá prazer – não sou mais aquele jornalista. Depois lembrei do Papo de Botequim, poucas e engraçadíssimas edições – pelo menos em minha opinião. Geralmente escrevia o Papo de Botequim bêbado, ou pelo menos tentava. No dia seguinte, já sóbrio... Mentira! Menos bêbado, então àquele tempo vivia 24h por dia ébrio pelo álcool, relia o que escrevia e adorava! Fazia pequenas mudanças de estilo e mandava ao meu querido editor – Francisco Russo e o mesmo publicava sem alterar uma vírgula.

Não sou mais aquela pessoa, não bebo mais. Logo, apesar de não ser difícil retornar aquele tom, não é o que quero. Pois bem. Já escrevi três parágrafos num formato de conversa franca com o leitor, vou adotá-lo pois para o resto deste texto.

Uma vez definido “como”, subitamente sou devolvido as dolorosas dúvidas sobre o tema central do texto, o meu “o que”. Continuam me martelando as qualidades que o texto deve ter “fundamental, exasperante, corajoso e novo”.

Vários temas me passaram pela cabeça agora. Analisar a conduta do Chanceler de Porto Claro, colocando em xeque sua imprudente forma de dirigir-se em assuntos polêmicos, rememorando suas infindáveis e marcantes diferenças com o partido do Presidente da República e com o próprio Presidente da República. O absoluto contra-senso da indicação deste senhor e a aparente manutenção do mesmo ao gosto do Presidente da República.

De certo que o Presidente da República já deu a desculpa pública que o Chanceler é velho conhecido do micromundo, bem como conhece várias figuras internacionais. Embora colecione fortes inimigos dentro da República, coleciona também fortíssimos amigos fora desta, e, como argumento final, estaria o Executivo desprovido de gente confiável para o cargo.

Por outro lado, é evidente aos olhos de qualquer político portoclarense mais tarimbado que tais argumentos não resistem a nenhuma análise caprichada. Estas pequenas qualidades de forma alguma suplantam o eterno inconveniente do Presidente da República em manter ao seu lado um PSDNista de carteirinha que, sempre e tanto quanto pode, atacou o PDL. Mais, atacou a ele mesmo e detratou seus amigos mais íntimos do poder, como Rodolfo Alvarellos. Para quem não sabe, o Chanceler Luiz Monteiro fora processado penalmente por crime contra a honra, advertido administrativamente e demitido da Maison Diplomatique, tudo em virtude de diferenças com Rodolfo Alvarellos, que vem a ser o atual Vice-Presidente da República e diplomata. Diga-se de passagem, Luiz Monteiro mereceu cada uma das penas.

É cristalino como a água das cachoeiras de Pirraines que o Chanceler não se comporta como estadista. O empregado do Presidente é constantemente visto na praça que fica em frente ao Palácio Diamante discutindo aos gritos com opositores do governo, bem como autoridades máximas de outros países. A ilustrar a passagem, vimos esta semana o Chanceler bater boca com o então Presidente de Mallorca, o qual não concedeu visto diplomático, em pleno passeio público.

A pergunta é: O que segura este Chanceler em seu cargo? A velha desculpa de não haver gente para o trabalho e do mesmo circular com desenvoltura nos meandros e na história dos demais personagens internacionais, com bem se vê, são fraquíssimas frente aos diuturnos constrangimentos que seus atos rendem ao governo.

Há quem diga que, no fundo, o Chanceler sem o saber, diz exatamente o que o Presidente pensa, no tom que este gostaria de se expressar, mas não pode. Sob este ponto de vista, ver seu Chanceler sair no tapa no quintal da sede do executivo ou ainda passar esbaforido e gritando em meio ao passeio público não são em verdade desvantagens ou constrangimentos, mas ossos do ofício.

Mas este tema é por demais estranho, afinal o jornalista que vos escreve é o próprio Chanceler!

Imaginei ainda abordar de forma sistemática e didática a nova política diplomática de Porto Claro consolidada pragmaticamente a luz da nova realidade micronacional de crise de atividade. Tratar com segurança e sinceridade o motivo das constantes recusas ao ingresso de diplomatas na Maison Diplomatique, ou ainda observar o papel destinado a Pasargada, Sofia, Reunião e Mallorca no trato com a República de Porto Claro. Mais uma vez soaria estranho fazê-lo sem antes esclarecer pública e oficialmente tais aspectos.

Espero ser cobrado por isso em praça pública.

Poderia ainda escrever laudas e laudas sobre o comportamento cotidiano de uma sociedade portoclarense que, reconhecendo-se em crise de atividade, insurge-se de toda forma contra o Poder Executivo indagando ao mesmo o que faz, o que fazer, quais soluções e saídas. Uns, de forma absolutamente divorciada do mínimo senso de solidariedade em sociedade, levantam suas vozes contra o governo em reclamos egoístas sem nada se dispor a fazer. Outros, encobertos por um véu delirante de desfaçatez, imprimem ao governo a faca da decisão lhe dizendo habilmente: Chame a todos os partidos políticos, notáveis sociais, representantes dos órgãos privados, para juntos discutirmos uma solução.

Tanto uns como outros não se dão conta que hoje a forma de nosso micronacionalismo simplificou-se, para o bem ou para o mal.

Uns, os egoístas de plenos pulmões, não percebem que o tempo de seus alaridos poderia melhor ser utilizado em projetos pessoais. Olha só que encontro perfeito para o egoísta: Utilizar o tempo para seu proveito próprio. Engrossar a fileira de um partido político, defender uma bandeira para determinado setor, enfim, autopromover-se e fazer a espiral da atividade brilhar de forma ascendente, ainda que egoisticamente.

Outros, os dissimulados ululantes, revestidos de seu magnificente cinismo, precisam perceber que sua retórica de união, ou melhor, de falta de união motivada pelo Executivo, é um discurso por demais démodé e mesmo pueril. Um Poder Executivo, formado por membros de todos os partidos – isso mesmo, PDL, PSDN, FP, P3D e apartidários, que tem ainda sua lista de discussão interna aberta a qualquer colaborador, que se elegeu único e sozinho em uma eleição que na verdade mais assemelhou-se a um referendo não pode ser, de forma alguma, culpado de não chamar a sociedade para o debate.

Uns e outros, em verdade, tem que se dar ao trabalho de fazer surgir estas discussões em própria lista nacional, assumindo todos sua parcela de culpa – que não é nada mais nada menos que o pecadilho de não se doar alguns breves instantes para construções inteligentes sobre nosso país, sem a preocupação de procurar culpados. Uns e outros, ao culpar o Presidente da República, não percebem que em verdade este foi o único herói que teve a coragem de pegar um país parado, mergulhado na inatividade, a custa de seu único esforço, sabendo de ante-mão que seria achincalhado na sorte ou no azar. A ingratidão e a solidão são os únicos acompanhantes fiéis dos Presidentes da República de Porto Claro.

Este é um tema que merece uma dissecação mais premeditada, possivelmente mais de uma coluna e, contudo, esta já está bem adiantada. A possibilidade de não ser compreendido é grande. Logo então me vem a cabeça fazer o que usualmente os jornalistas fazem: Abusar da posição privilegiada junto ao poder para trazer novidades. Tenho notícias quentes junto ao Ministro Ruggero Finneti. Notícias de primeira mão e alentadoras.

Batem à minha porta.

Quem será que me incomoda agora, no meio de meus pensamentos. Me levanto lentamente e abro a porta. E qual não é minha surpresa e espanto ao ver o Cidadão Vinícius Prates? Que cara corajoso, penso eu, vir aqui no meu escritório, de surpresa e poucos dias após eu ter lhe dirigido algumas ásperas palavras. Por acaso eu estava com sua Coluna da Chrono na mão, acabara de lê-la.

Em verdade achei pouco corajosa, alguns erros de português, mas muito franca, direta e cordial. Acima de tudo gostei por sua participação na Chrono. É a espiral da atividade sendo percorrida no sentido ascendente. Isso de fato me deixou muito feliz. Ao recebê-lo, disfarcei minhas críticas e lhe disse o quanto gostara de ter se exposto. Dentro das redações dos jornais, nossas discussões ganhariam muito.

Falamos amenidades, me perguntou sobre a possibilidade de processar o presidente por ter lhe chamado de moleque, havia ficado muito irritado, ainda estava. Disse-lhe rapidamente que isto era uma besteira. Eis mais um tema: até que ponto as ofensas irrogadas em discussões políticas constituem-se em crime ou falta de urbanidade, se merecem aplicação do código profilático repressor legal ou se merecem as conseqüências sociais de um indivíduo não desejado.

Falamos também de um possível jornal a ser lançado na sexta feira. Gostei, discutimos formatos, publicação, linha editorial. Muito mais interessante fazer do que falar... tudo volta a este tema.

Percebo que me alonguei demais e discretamente finjo esquecer as notícias que tinha coletado junto ao Ministro da Cultura. Minha coluna está longa demais. Sinto que nada disse. Mentira! Pela segunda vez no meio de meu texto escrevo esta palavra seguida do ponto de exclamação.

Retomando: Mentira! Sinto que disse muito, mas pela metade. Possivelmente passarei incompreendido, mas não importa. Consegui começar, voltei a escrever. Isso me deixa feliz, me faz sentir que entrei na espiral da atividade no sentido ascendente. Na próxima terça feira, me dedicarei a um único assunto, prometo.

E logo mergulho novamente em meus devaneios sobre um tema “fundamental, exasperante, corajoso e principalmente novo”...

Luiz Monteiro
é o Chanceler da República de Porto Claro

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7.1.08 • 19:43
Mesa Redonda
Vinícius Prates

Olá, amigos leitores e colaboradores da Revista Chrono é muito bom estar aqui hoje começando o meu primeiro trabalho em Porto Claro e no mundo micronacional, após 09 (nove), longos anos.

Sinto-me feliz, e ao mesmo tempo triste. Feliz por reencontrar velhos amigos e fazer novos, e triste pela crise micronacional, que o nosso país (Brasil) enfrenta.

Em tudo e a todo tempo, temos crise, temos crise nas relações conjugais, crise na religião, crise no esporte, crise financeira e assim por diante. A grande diferença de todas essas crises é o modo como as enfrentamos.

Mas vamos voltar para dentro daquilo que é nosso, para Porto Claro, que juntamente com as outras micronações se encontra em crise, problemas estruturais graves, muita confusão, discórdia, inatividades, poucos cidadãos e um governo, bom deixam pra lá. O que eu, você ai do outro lado e todos de Porto Claro temos que refletir é o mesmo que todos os que enfrentam as crises citadas acima e muitas outras devem fazer e muitas vezes não o fazem, daí o fracasso.

A questão é, primeira o governo, as autoridades, a oposição e todos os cidadãos, chegarem a esta conclusão que cheguei: Estamos em crise! E segundo, juntarmos todos, tirar a vaidade individual de lado e fazer uma “mesa redonda”, com presidente, ministros, juiz, senador, “faladores de merda”, todos. E falar olha como vamos enfrentar e vencer essa crise, o que podemos fazer?, Onde podemos melhorar?, O que devemos criar? E o que devemos excluir?. Criar uma meta responsável e coesa de onde partir e onde chegar, e o tempo estimado para cada coisa.

É difícil? É, Mas não impossível, e o que vejo em Porto Claro, dos tempos atuais é que se fala muito e se faz pouco. Aí vão vir os “falastrões”, e vão dizer que esse é o meu caso. Não, não é, sou um cidadão com defeitos e qualidades, como qualquer outro em Porto Claro, e tenho apenas 10 dias de cidadania após meu retorno. Neste curto espaço de tempo, tentei administrar sem sucesso o Distrito de Danielle, e sô desisti por que senti que não me seria dada à administração (Quando um não quer, dois não brigam), consegui através de “boas” conversas, ter a participação no retorno de bons companheiros, como o [Caio Peters]Fevereiro e o Gustavo [Mendes], e consegui um emprego, em que me encontro ativo aqui na Chrono como todos podem observar. Então, não vou e não posso me considerar um cidadão que “não faz nada”.

E me disponho, a me juntar com todos para que façamos essa “mesa redonda”, deixando de lado a oposição, e a desavença em prol de algo maior e mais digno que é a nossa queria Porto Claro.

Muito obrigado a todos e até semana que vem.

Vinícius Prates
é cidadão provisório da República de Porto Claro.

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