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31.12.06 • 19:27
Papo de final de ano sobre o Governo
Gustavo Mendes

Mais um ano está indo embora. 2006 de um modo geral foi um ano cheio de coisas boas e ruins para todos nós em Porto Claro. De balanço geral, depois de um meio de ano problemático, onde nem os Sistemas básicos se mantinham, partimos para um final de ano onde os Sistemas estão funcionando ao normal, e, principalmente, estamos produzindo. Trabalhando não apenas no essencial, mas, finalmente, nos Projetos do Programa de Governo. Entramos numa fase de desenvolvimento, por minha surpresa, mais cedo do que imaginava.

Sempre em minhas respostas, sobre as críticas de que o Governo não estava realizando o Programa de Governo e outras coisas mais, eu falava que “o Governo está trabalhando, mais os Projetos levam tempo, precisam ser estruturados, isso leva tempo, porque não queremos entregar algo mal feito à população”. De fato, fizemos isso sim. Tentamos a todo o momento conciliar o “desenvolvimento... a administração” com as “questões políticas”.

Questões Políticas, sabemos, que sempre existirão. Em maior ou menor grau, mas estarão lá sempre. A grande surpresa, e algo que sempre mexe com todos nós, com nosso “orgulho”, é ver coisas novas circulando, é ver projetos sendo realizados e principalmente um Governo que cumpre sua palavra.

Felizmente, ou não, grandes projetos planejados antes mesmo do início do Governo, foram sendo feitos, e todos estão praticamente prontos para serem inaugurados em mês: Janeiro, primeiro mês do ano. Não é a toa que o Governo lançou a Propaganda do “Pacotão de Janeiro de 2007”. A intenção é realmente essa: pegar todo os nossos projetos que estão sendo concluídos e lançá-los este próximo mês, início de ano.

Boa parte do Programa de Governo já estará concluída com a chegada do Pacotão. Mas existirá ainda outra parte do Programa a ser terminada até o final do mandato, ou seja, mais três meses. Temos este tempo ainda para corrigir erros que surgiram, planejar coisas adjacentes aos projetos iniciais, para assim entregar o país numa condição bem melhor do que a encontramos.

2007 reserva grandes coisas para Porto Claro. Temos um novo Diretor da ANN, conhecido por vários (não correndo mais o risco de ser paple), teremos um novo Ministro dos Esportes, que terá como desafio mudar várias coisas no Projeto Inicial, para que o MinESP não se torne figurativo. Vamos também começar com algo que raramente se vê em Porto Claro: Propaganda & Publicidade, principalmente nas listas estrangeiras, para que o fluxo de turistas cresça em nosso país. Junto com isso, somam-se novos Cursos na UPC que servirão de atrativo aos estrangeiros.

Enfim, temos um ótimo ano pela frente. O Governo de Porto Claro espera que este ano de 2007 seja um ano muito melhor do que fora 2006. Que este ano seja um período de desenvolvimento para Porto Claro e para o Micromundo. Pois é assim que trabalhamos. Trabalhamos dia-a-dia, mas sempre com os olhos no Futuro e no Desenvolvimento.

QUE VENHA 2007!

ÓTIMO ANO-NOVO À TODOS.

Gustavo Mendes
Presidente da República de Porto Claro

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23.12.06 • 19:42
Águas de Março
Augusto Júnior

Passaram-se 3 meses desde a posse de Gustave Lièban no Palácio Diamante, crises, realizações, surpresas boas e ruins já passaram por aqueles corredores. Talvez intimamente, sem que ninguém saiba, Gustave já pense na reeleição. Provavelmente já trabalha e articula ela mas com alguns percalços não enfrentados no primeiro pleito: a possibilidade de pelo menos um adversário e a briga na Frente Plural.

Todos sabem (ou deveriam saber) que as relações Carnevale-Lièban estão bastante estremecidas. Até onde sei, os dois nem mais se falam, fato que pode causar um grande mau estar em fins de janeiro-início de fevereiro, quando as candidaturas serão oficializadas para a corrida presidencial. É evidente que o Presidente do Senado não apoiará a reeleição do Presidente e fará de tudo para que a FP indique outro nome. Talvez more aí o calcanhar-de-Aquiles de Fabiano: não há alguém na FP que tenha tanta força política, no momento, quanto Gustave Lièban. Jovem, com vontade de fazer, personalidade própria, é o grande nome da política do país e deve ser reeleito, caso consiga sair candidato.

Há sempre a possibilidade do, já prenunciado por alguns, "racha" dentro do partido. Com alguns ajustes dentro do partido, Lièban tem agora a maioria para sua reeleição e poderia ser sim candidato mas o desgaste provocado pelas constantes brigas podem ter mudado o pensamento do Presidente com relação à sua saída do Partido.

Para incrementar o cenário político do primeiro semestre de 2007, há o crescimento (tanto como pessoas, como homens públicos e como iniciativa privada) de dois nomes: Mitchel Bruno e Edson Veloso fazem um grande trabalho em suas respectivas áreas e são pessoas com a possibilidade de enfrentar Lièban de frente. Sempre me questionei como seria a atitude do Presidente num debate; senti falta da discussão de idéia quando ele foi eleito, pois o debate sadio somente engrandece o homem e o faz refletir sobre suas idéias e talvez mudar de opinião em certos aspectos. Agregar possibilidades é uma habilidade difícil de ser conquistada, principalmente quando não é praticada.

Separadamente podemos dizer: Mitchel, grande Senador, sempre com discussões de alto nível, além de Ministro da Infra-Estrutura impecável, sempre atento aos questionamentos da população e dos Ministros. teve a grande idéia de criar um blog com suas idéias e para fazer uma "mini prestação de contas" com seus eleitores. Edson, Senador que luta por seus ideais, praticamente leva o PSL nas costas, e tem vários projetos para Porto Claro.

Mitchel leva vantagem talvez por ter o apoio do PSDN, enquanto Veloso só conseguiria se eleger com alguma aliança.

Estamos a dois meses das candidaturas então é importante ficar de olho no movimento de bastidores. Muita coisa acontece internamente, nas listas dos partidos, MSN, Skye e conversas pessoais do que pode se imaginar. Fica aqui a esperança que Porto Claro tenha realmente um debate de idéia para que todos nós possamos ser "abastados" de dúvidas para decidirmos o melhor para os próximos seis meses. Março tá longe? Que nada... Não foi ontem que o Gustave desfilou e discursou na posse?

Augusto Júnior
Diretor do INDOC-PC

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21.12.06 • 00:43
Política etc
Fabiano Carnevale

Uma invasão de idéias

Num país onde alguns homens de poder se orgulham de ter criado um país mais "seguro" através de leis e muitas regras, o Senador Elias Oliveira é um daqueles cidadãos que contribuem de verdade para que Porto Claro tenha hoje um robusto sistema de páginas e armazenamento. Não muito afeito aos holofotes da Lista Nacional, intervém sempre quando a situação chega aos limites do conservadorismo insuportável e quase sempre nos brinda com excelentes pontos-de-vista sobre a realidade do país. O e-mail enviado por ele sobre os recentes "ataques" é um primor pelo rigor da análise dos fatos e pelo afastamento que consegue ter da paixão exalada pelos quatro cantos do país durante essa discussão.

Para ele, a grande guerra a ser vencida é a de idéias. Se queremos vencer uma micronação que simula o atraso e submissão, precisamos aprofundar e divulgar ao micromundo nossa predisposição com a democracia e as transformações sociais. O Senador acredita que "por incrível que pareça, para quem olha aquela lista nacional (de Reunião) vê um governo mil vezes mais transparente que o governo portoclarense". Qualquer pessoa do micromundo pode visitar as loucuras do Imperador. Algumas vozes de Porto Claro querem fechar mais ainda o país, segregando turistas por sua origem micronacional.

Com refinada ironia mas sem perder a seriedade, fala que o "cidadão de Reunião já é naturalmente isolado do resto do micromundo, com um governo tão perfeito, tão transparente, por quais motivos teria de ficar lendo 4, 5 ou 6 jornais diferentes de diferentes micronações (se é que existem tantos jornais assim)". Dessa forma, "não há motivos, ele vê um governo trabalhando, tem empresas trabalhando, partidos ativos, suas pseudo liberdades".

Como resposta, o Senador sugere " palestras muito bem divulgadas, cursos igualmente muito bem divulgados, torneios de qualquer jogo de qualquer das micronações aliadas (...), qualquer coisa que tenha uma boa divulgação e que principalmente, invada a lista nacional de Reunião. Vai lá um cidadão portoclarense qualquer com visto de turista somente para marcar a sua presença, mostrar que PC existe, e vai jogando as nossas propagandas lá também, seja no rodapé das mensagens enviadas ou encaminhando as propagandas oficiais mesmo".

Precisamos mostrar para os cidadãos que vivem sob ditaduras no micromundo que, como bem disse o Senador Elias, "existe vida fora da caverna". Isso não uma questão de bom-mocismo (ainda que a política e a diplomacia devessem ser coisas de bons moços e moças) e sim de bom-senso. Sem maiores ilusões de subverter o regime reunião, mas reafirmando a fronteira entre uma ditadura boa de propaganda e uma democracia plural e pacifista. Simples e eficaz.

Falcões

Quando George W. Bush disse em 2001 que a "nossa nação também necessita de uma estratégia clara para enfrentar as ameaças do século XXI, ameaças que são mais dispersas e menos declaradas. (...) Para proteger nosso próprio povo, nossos aliados e amigos, necessitamos desenvolver e expandir defesas eficientes (...) " não estava pensando no micromundo. Mas, quando o Presidente da Suprema Corte portoclarense disse sobre os ataques de mailbomb que "trata-se de insegurança generalizada em todas as micronações livres e independentes" e que "algo há de ser feito de modo cooperativo entre todos os defensores da paz e da liberdade micronacional para que minimizemos e, quiçá, extinguamos esta sensação de insegurança que todos sentimos neste momento (...) [,] precisamos nos unir para que não existam mais vítimas dessa estória", ele provavelmente pensava em Bush. Ou então, é um caso típico - e comum - de citação platônica.

Adamastor, o burocrata

Adamastor trabalha na burocracia Senado, considera Luca Dalbianco o maior Senador que este país já teve e está agora se empenhando para organizar uma milícia chamada Célula de Defesa da Democracia, para expulsar a paus e pedradas qualquer reunião que ouse cruzar nossas fronteiras.

3 perguntas para: Edson Veloso

O que é ser de esquerda no micronacionalismo hoje?

Ser de esquerda no micronacionalismo hoje é, antes de tudo, algo extremamente desgastante. É preciso lutar contra o pensamento dos partidos sem ideologias, que pregam o “amiguismo”, e ser de esquerda é isso. Ter um partido socialista, fazer a luta pela coletivização das ações e a democratização radical do governo. Um governo literalmente feito por aqueles que estão na nação. Ser de esquerda no micromundo é, antes de tudo, uma afirmação de que é possível construir um projeto extremamente socialista, igualitário e, ao mesmo tempo, fraterno e que tome conta das pessoas. Uma afirmação de que a maior preocupação, a maior obra, é o cuidado com as pessoas.

Qual é o espaço da esquerda na política portoclarense?

Pequeno de fato. No meu entender, a Frente Plural é um movimento amplo e não, de fato, um partido comprometido com a construção de um projeto de características populares. Sendo assim, fica só o Partido Socialista Libertário fazendo esse papel. Que de fato, como já disse, é extremamente desgastante. A característica das pessoas que hoje ocupam Porto Claro é de acreditar no fim das ideologias, no pós-modernismo, na mutação e na não-existência de determinantes na sociedade. É preciso partir pra esse convencimento, assim como também é preciso apaixonar as pessoas por um projeto de democracia radical que, ao mesmo tempo, politize a população, mas que também lhe dê forças pra lutar.

Quais são as conseqüências do ataque de mailbomb para as relações entre Porto Claro e Reunião?

Acredito que não há conseqüências imediatas. Uma investigação deve ser feita e, se possível, deve-se achar os culpados. Eu, pessoalmente, acredito ser muito difícil disso ocorrer, já que as questões de sigilo diante das empresas provedoras da internet são muito fortes. Para o micronacionalismo, um ultimato. A tristeza que hoje é vista no semblante dos micronacionalistas portoclarenses deve servir para encher-nos de vontade para a construção de um micromundo unido. Ou revemos nossas diferenças em fóruns comuns e verdadeiramente plurais, e, sendo dessa forma, construímos instâncias para garantir a segurança e a paz micronacional, ou ficaremos à revelia de figuras medonhas como os terroristas da honra imperial, ou seja lá quem for, ou mesmo de estadistas despreparados que não têm cabeça para entender o que é aceitar um grupo terrorista como parte integrante de sua nação.

Fabiano Carnevale
Presidente do Senado de Porto Claro

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19.12.06 • 14:06
Vanguarda! Vanguarda!
Rafael Braga

O DUPLIPENSAR DE CLAUDIO DE CASTRO

George Orwell é uma leitura excelente para qualquer pessoa que se interesse por política, especialmente micronacionalistas. Durante as duas últimas semanas estava lendo novamente 1984 e foi impossível não determinar paralelos entre esta obra e toda a situação que envolve o Sacro Império de Reunião e a nada cortês visita do Chanceler reunião, Rodrigo Rocha, apelidado carinhosamente pelos portoclarenses de "Dom Chuchu" devido ao seu título de nobreza um tanto quanto excêntrico.

GUERRA É PAZ

Mesmo o mais obtuso dos seres humanos pode facilmente perceber a identificação imediata de Cláudio de Castro com o Grande Irmão. "O Imperador zela por ti", seu olho que "tudo vê", seu braço forte que tudo alcança. Ao mesmo tempo a mão que destrói e protege, que ameaça e acaricia. Em Reunião, Cláudio de Castro não é mais uma pessoa, é uma entidade, é o Estado.

O Sacro Império de Reunião é uma grande mentira, apoiada em seu estado permanente de Guerra. O Estado reunião vive e se alimenta da guerra. A necessidade de se criar um inimigo interno ou externo é inerente à submissão que Cláudio de Castro consegue de seus súditos. O Grande Irmão é aquele que nos protege contra o inimigo.

A máquina de propaganda reuniã age indiscriminadamente não só para manter o estado de guerra, como para construí-la. Em um instante o maior inimigo torna-se o maior amigo, o antigo aliado se torna o inimigo e todos absorvem essa informação que controla a realidade para que isso não pareça absurdo aos olhos da população de Reunião.

LIBERDADE É ESCRAVIDÃO

Não existe liberdade em Reunião, nunca existiu. No entanto o reunião acredita verdadeiramente que Cláudio de Castro é o defensor da liberdade. O reunião acredita que Liberdade é Escravidão, ou seja, o que garante a liberdade é a gerência suprema do Grande Irmão.

O regime reunião tem uma particularidade interessante, que o aproxima do Partido INGSOC do livro de Orwell.

Ao contrário dos grandes tiranos do passado, Cláudio de Castro não oprime publicamente seus opositores, pois é inteligente o suficiente para saber que criar mártires é muito perigoso. Ao contrário, Cláudio prefere lamentar por seus inimigos e esperar que voltem, humilhados (e eles sempre voltam) ao seu País, fortalecendo ainda mais a sua imagem de protetor e guardião.

IGNORÂNCIA É FORÇA

Toda a ideologia reuniã, baseia-se em falsas premissas.

"Quem controla o passado controla o futuro: quem controla o presente controla o passado.” A tática da propaganda reuniã consiste em espalhar e reiterar mentiras, especialmente moldando o passado como se fossem verdades. Ao reunião médio, ortodoxo e limitado o suficiente para incorporar sem discutir, a mentira basta. O que é o passado senão o que recordamos (ou achamos que recordamos) dele? O controle da realidade é a maior arma da propaganda reuniã.

Escreveu Orwell sobre o “duplipensar” no livro 1984, trecho que reproduzo integralmente:

“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da democracia e que o Partido era o guardião da democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar.”

O reunião em geral acredita na impossibilidade da Democracia, ao mesmo tempo em que acredita cegamente que Cláudio de Castro seja o defensor da democracia, através do processo de “duplipensar”. Acredita que Reunião é contra o terrorismo, mas pode abrigar terroristas sob a proteção de seu Governo sendo que nenhuma dessas idéias lhe parecem contraditórias.

*

Não há motivos para que haja novo embargo à Reunião. Tenho dito que a manutenção do estado de guerra é motivo de fortalecimento para o Estado Reunião é sua força motriz e incentivada por seu chefe maior. O Embargo à Reunião é dar um tiro no próprio pé: como defendemos a liberdade se somos os primeiros a tirar liberdade?

E principalmente não há efeitos práticos, visto que certamente não será na forma de turista reunião que os terroristas se apresentarão.

Estou com o Senador Carnevale.

Rafael Braga
Diplomata Nível 1

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18.12.06 • 17:53
É Guerra!
Ygor Lázaro

É guerra!

Monarquias raramente são bem vindas principalmente no micronacionalismo. Por uma razão simples, todos querem ter seu nome no hall da fama. Cada dia que passa eu penso mais seriamente sobre isso.

Por exemplo, li essa semana uma entrevista um tanto quanto antiga, que conseguiram fazer com o “criador” da lusofonia. Como dizia a própria entrevista, “conseguimos falar com ele!”. Pedro Aguiar deixa bem claro que ele era muito jovem quando criou Porto Claro, e seu ego era muito grande, na melhor das intenções. Ele criou um país, “mas não pensava em compartilhar”. Estando na Internet, todos gostam de dar pitacos. “Essa não é mais minha Porto Claro”. Termina uma resposta na entrevista.

Concordo com ele. Não no sentido de ser dono, mas a sensação de perder anos de trabalho para qualquer um que viu pronto e resolveu ser o rei da cocada preta... Eu já tive muitos projetos parados nesse sentido, a maioria macronacionalmente mesmo. Mas, ta na Internet, é do mundo. Aprendi isso do mesmo modo que o Aguiar. E não me arrependo mais, assim como ele.

Aproveitando o ensejo, o título e o assunto, o que é a monarquia reuniã? Reunião não pode se dar ao luxo de ser os “boinas-azuis”. Eles não podem ser a autarquia intermicronacional. A chamada Honra Imperial já atacou o reino português, a própria república portoclarense, e sei lá mais quem, em nome do Sacro Império de Reunião. O ditador (ops) Cláudio, do Sacro Império, horas antes aos ataques, aceitou a Honra Imperial como um “Ministério da Defesa” reunião. Bom, essa história vocês já devem estar cheios de ouvir. Mas o que vem agora além das perguntas:



* Não acredito em nada que venha de Reunião há gerações. Histórias e mais histórias sobre anexações, integrações, rebeliões... Isso não faz mais sentido nesses novos mundos, mas eu não quero viver em uma colônia.

* As nações atacadas estão crescendo de tamanho. Portugal, Porto Claro. O que custa invadir Pasárgada e se auto declarar a “maior micronação na lusofonia”?

* Porto Claro e Portugal são experiências, são estágios? Ou eles estão tentando se infiltrar e o império afirma não ter nada com eles, para depois repartirem os lucros?

Sejamos sensatos também. O ataque sofrido por Porto Claro nem pode ser considerado um ataque, no ponto de vista tecnológico. Foi um porre ter que baixar mais de quarenta mensagens de 750kb aproximadamente, sem utilidade nenhuma, mas foi exatamente isso. Um estorvo.

Existem muitas maneiras de se fazer um ataque, e sabemos que as nações não ficarão desprotegidas. As maiores já estão tomando suas providencias, fechando anexos, fechando fronteiras, pensando em embargos. Mas até quando pensaremos que a monarquia é o poder nas mãos de uma só pessoa?

Eu assumo tudo o que eu disse aqui como uma opinião pessoal. Não existe portoclarenses, pasárgados, ou mesmo esse meio de comunicação que me abriu esse espaço para me dar um fôlego e me permitir o desabafo. E como eu assumo que está escrito nessas linhas, quem tiver qualquer dúvida, me contacte.

MSN: ygoronline@hotmail.com; E-mail: ygoronline@gmail.com

Ygor Lázaro

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00:18
Questão de Segurança Nacional
Gustave Lièban

Sentimos medo essa última semana? Pavor? Ficamos a beira de um ataque de nervos? Não, definitivamente não. O que, há um tempo, seria isso, hoje não é mais. Por sorte. Por sorte não termos sentido isso e ter levado o ataque terrorista da Honra Imperial na maioria das vezes na piada. Mas eu fiquei desesperado, ainda mais por saber via ministro meu (estive ausente no período por graves problemas pessoais).

Mas, para todos do Governo, para mim e para os Ministros fica a pergunta: por que isso aconteceu? É complicado imaginar “como evitar que isso acontecesse”. Somos um país virtual. Espiões, terroristas, paples podem existir sem que muitos percebam. Maneiras de descobrir também existem, basta deixar provas. Mas, deixar por deixar provas, o estrago já foi feito.

Complicado seria evitar as evidências. Descobrir antes que acontecesse.

Plano imaginário

Seria bom vivermos com total segurança. Segurança daquelas de fiscalizar tudo e a todos a todo o momento? Não, não essa. Aquela Segurança de Estado. Aquela que evita que problemas externos nos atinja. Aquela que descobre quando o cidadão é paple, que identifica se ele é ou não terrorista. Aquela estilo “Interpol”, interligado com todas a micros, banco de dados completo, passaporte, identidade micronacional única. Ufa... Evitaríamos alguns certos bobões que andam por aí pregando a “defesa soberana e incontestável do ufanismo radical”.

De volta a realidade

Sabemos que nem tudo que esperamos, sonhamos e desejamos para o nosso país é possível. Ainda mais se tratando de um assunto tão “não-palpável” como esse. Eu poderia falar de projetos, mas não sou especialista em ditar a viabilidade em projetos como esse, que envolvam a Infra-Estrutura de um país. Mas, mesmo que eu fosse, será que saberia encontrar o melhor projeto?

Talvez. É fácil para alguém descordar. Usar de argumentos ideológicos, respeitáveis, obviamente, para questionar. Todos temos esse direito. Não nego em momento algum a necessidade de defesa de uma ideologia. Tenho a minha, assim como vários. No entanto, uma ideologia é mais importante que um país? Será que jogaríamos fora um projeto de segurança por puro cunho ideológico? Uma pergunta para vocês responderem.

Voltando ao assunto da Segurança. Cada um pensa de uma forma. Cada país, idem. Mas tudo gira em torno da questão: “como defender a nação?”. Temos por obrigação defender nosso país de pessoas que nasceram para destruir por puro prazer. E é em busca disso que, em uma hora ou outra, sempre caímos.

Infelizmente o assunto só vem à tona quando a tal questão se mostra vulnerável. E é. Não existe mesmo uma micro segura, protegida completamente de paples, de terroristas e etc. Com esses ataques vimos nações sendo solidárias a nós, vimos nações que também sofreram nas mãos das pessoas que citei acima. Será que estariam dispostas a gastar seu tempo, a enfrentar preconceitos, e tudo o mais, apenas com um objetivo: defender seu país do que é ruim, do que destrói, do que é desconstrutivo? Uma luta difícil, que só se vence junta.

Plano imaginário

Vivemos num país em que nossos governantes só têm em mente uma coisa: o bem da nação. Para eles não importa se o fulano é presidente, primeiro-ministro, chanceler. O importante é zelar pelo bem do país. O legal é que eles copiaram grandes nações, que resolveram se unir para desenvolver-se, e chegar num patamar invejável. Ah, realmente, somos únicos no que fazemos. Tivemos que enfrentar obstáculos, sim. Muitas brigas, mas, hoje somos bons, temos sistemas legais e assim vai...

Voltando à vida

Tudo é uma questão de segurança nacional. Alguém está disposto?

Gustave Lièban
Presidente da República de Porto Claro

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15.12.06 • 01:42
Quem Acredita em Alexandre Carvalho?
Mitchel Bruno

Em primeiro lugar, é um imenso prazer poder voltar a escrever, mesmo que seja excepcionalmente. Mas realmente não dava para não falar nada depois do editorial da última edição do "A Labareda", intitulado "Uma chance para o Micronacionalismo" - e, aproveitando o espaço aberto pela CHRONO aos leitores, então cá estou eu.

Bom, já conhecendo o dito jornal e seu editor como conheço, normalmente nem me dou o trabalho de lê-lo. Mas depois dos vários comentários que ele recebeu na lista Imprensa Livre, foi inevitável não dar uma olhada nele.

Além de um péssimo jornalista, Alexandre Carvalho também é o tipo de micronacionalista que está entre os que acham que o micromundo caminha para o fundo do poço - e sempre que é oportuno ele expressa essa sua angústia em seu jornal. Na mais completa falta do que falar, ele fez isso mais uma vez, porém, pelo que a princípio aparentava o título, até que de uma forma mais otimista que o comum: "Uma chance para o micronacionalismo", era o título daquele editorial. "Uau", pensei, "que grande idéia será que me espera neste texto?". E, dando também uma chance ao jornal, li aquilo com grande prazer. O início já foi de me deixar bastante esperançoso: "Sinceramente não acredito no que vou escrever agora, mas ainda há uma chance para o micronacionalismo". Àquela altura, esperava um Alexandre Carvalho diferente, com um ponto-de-vista mais evoluído (no sentido mais aziziano da palavra! :P), com novas idéias, enfim, depois daquele título e daquele início surpreendente, não esperaria nunca, meus leitores e leitoras, o que veio a seguir.

"Talvez fosse necessário reviver um momento da vida macronacional. É verdade que alguns aqui terão dificuldades para entender o que estou falando, mas o momento é voltar à guerra fria". Realmente, não entendi. Não entendi mesmo. Bom, vamos lá então: a Guerra Fria.

Pelo que ainda me lembro das aulas de história, a Guerra Fria foi um momento politicamente tenso de nossa história macro pós-2ª Guerra Mundial. Neste período, o mundo estava bipolarizado entre duas grandes potências: EUA e URSS. De um lado, o capitalismo, de outro, o socialismo. "É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo combate mundial por se tratar de duas potências com grande arsenal e armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado nalgum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético" (Fonte: Wikipedia).

Ou seja, este foi um período não apenas de forte tensão, mas em que dois países estavam dispostos a tudo para defender seus próprios interesses, a qualquer custo. É bom lembrar que foi exatamente neste período que eclodiram as ditaduras com apoio, de um lado, dos EUA (a citar, a do Brasil e a do Chile - sim, o Chile de nosso querido Pinochet), e, de outro, as ditaduras comunistas, apoiadas pela URSS (como a Cuba de nosso querido Fidel Castro). Em ambos os casos, as liberdades individuais e o bem-estar da maioria estavam em xeque por conta de interesses ideológicos de um bando de loucos que achavam-se donos do mundo.

Voltando ao texto do nosso querido Alexandre Carvalho, aí é que veio a grande surpresa (que nem deveria ser tão surpresa assim, mas como eu realmente estava um tanto quanto esperançoso por algo diferente..): "Na vida macro era representado por EUA e URSS. Aqui, vamos utilizar Reunião e Porto Claro, os dois únicos lugares onde há algum tipo de atividade, não só voltada ao número de mensagens, mas alguma coisa é produzida, mesmo que essa alguma coisa seja dejetos de mensagens". Bom, só aí há pelo menos três graves erros. O primeiro, é a infeliz analogia de Reunião e Porto Claro com EUA e URSS, além, obviamente, da ainda mais infeliz sugestão de que uma Guerra Fria micronacional seria a grande esperança para o micronacionalismo. Segundo, é a afirmação de que Reunião e Porto Claro seriam os únicos lugares onde realmente há o que eles chamam de "verdadeiro micronacionalismo". Ora, será que alguém realmente está entendendo a primícia dessa afirmação?? Em outras palavras, ele está querendo dizer assim: "Olha, tem um monte de micronações por aqui. Mas, dessas, só Reunião e Porto Claro são realmente sérias. O resto é tudo grupo de amigos brincando de fazer país". Uma mentira desvarrida, claro. Seria negar a importância de micronações como Pathros, RUPA e Sofia, por exemplo. Aliás, destas cinco, provavelmente Reunião é a menos séria de todas elas (como levar a sério uma micronação cujo imperador explicitamente diz que "se para nos protegermos precisarmos prejudicar a outros, isso pouco importa à Coroa", em defesa de uma organização terrorista?). E, por fim, "dejetos de mensagens" só deve ser considerado atividade em Reunião mesmo, porque, pelo menos aqui em Porto Claro, nossa atividade é criar e compartilhar conhecimento (UPC), tecnologia (sistema de imigração) e idéias (em salutares debates nas listas nacional, do executivo e do senado, e não "dejetos de mensagens", embora eu compreenda que num país sem espaço para grandes divergências como Reunião as mensagens devem ser mesmo verdadeiros dejetos).

Esse editorial só deixa claro que, como seu imperador, este sujeito vê o micromundo como um gigante tabuleiro de War. Que, também como seu imperador, e como os loucos dos EUA e da URSS, ele acredita na supremacia ideológica de um país sobre todos os outros, custe o que custar - é o capitalismo americano, o comunismo soviético, e, como diz o próprio Cláudio, o Reunião Way of Life (?). Enfim, como se não bastasse um jornalismo medíocre, depois dessa, não dá mesmo para levar a sério alguém que sugere, como forma de "dar uma chance ao micronacionalismo", uma Guerra Fria micronacional.

Links Externos
Edição 136 do "A Labareda"
Crítica do Luiz Monteiro ao jornalismo superficial do jornal
Defesa do Imperador Cláudio I a Honra Imperial

Mitchel Bruno
Ministro da Infra-Estrutura de Porto Claro
Senador da República

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12.12.06 • 14:37
Política etc
Fabiano Carnevale

A lista de suplência tungou o voto popular

Criado para dar ao eleitor mais controle sobre o seu representante, o voto nominal foi um avanço para a democracia portoclarense. Entretanto, os legisladores embutiram nele um mecanismo draconiano, que pune os partidos que não encontram condições de fazer uma lista de suplentes.

Esse mecanismo acaba de tungar um representante da Frente Plural, que será substituído por um representante indicado pelo PSDN. A FP teve 14 dos 31 votos (cerca de 45%), o PSDN teve 8, pouco mais que a metade dos votos dados a FP. As duas bancadas agora são iguais, desrespeitando o resultado das urnas e desequilibrando a representatividade eleitoral exigida pelo jogo democrático. Se um raio caísse no meio de uma reunião da bancada da Frente Plural e nos matasse, mais de 40% dos votos dados pelos eleitores na última eleição seriam jogados no lixo.

Depois de uma eleição na qual tivemos menos candidatos que vagas, agora teremos um Senador biônico, sem voto nominal nem partidário. Será apenas a conseqüência direta de uma "punição" mal-feita da nossa legislação. Em última instância, o cumprimento de uma formalidade se tornou mais importante que a vontade soberana do eleitor. O legislador mirou nos partidos mas acabou atingindo a decisão dos eleitores.

Diário da Corte: Robusto Comendador

Ruborizam-se até os mais fervorosos colaboradores do Príncipe, com a desenvoltura com a qual circula o Comendador pelos gabinetes palacianos. O Comendador palpita sobre quase todos os aspectos da administração pública, chegando a incomodar alguns ministros. O próprio Príncipe já dá sinais de que está insatisfeito por estar sendo ofuscado pela ânsia do Comendador. Sua alteza tem tentado instigar alguns ministros a se manifestarem, imaginando que assim poderá contrabalancear a robusta presença do Comendador.

Adamastor, o burocrata

Adamastor trabalha no Senado, acredita em tudo o que os políticos falam e vai votar "sim" no plebiscito da mudança de servidor da Lista Nacional.

Nos tempos do DP

A recepção dada ao Chanceler de Reunião por algumas autoridades e personalidades do país deixariam Pedro Aguiar orgulhoso de sua criação. E o silêncio do governo chega a constranger.

3 perguntas para: Francisco Russo

Dá para comparar Porto Claro atualmente com a de 97?

Não dá. São épocas muito diferentes, não só na estrutura como também na composição da população. Em 97 não existiam os chamados "dinossauros" nem pessoas vindas de outras micronações - que nem mesmo existiam na época -, eram todos novatos tentando fazer algo pela 1ª vez. Em compensação havia o Aguiar, de enorme influência, sendo que hoje não temos alguém que chegue nem perto desta situação. 1997 foi uma época de descobertas, até mesmo de ingenuidade. Em 2006 praticamente todas as descobertas já foram feitas, a busca é por um meio de melhorá-las ou até mesmo reconstruí-las.

Há jornalismo em Porto Claro?

Acredito que sim. Os Sinos é um exemplo de bom jornalismo, que tem como proposta cobrir os fatos mais relevantes do país. A Chrono tem coberto uma lacuna existente desde o fim d'O Impacto, que é o de apresentar regularmente colunas opinativas. E há ainda o Direto do Beco, com um proposta inteiramente diferente de ambos, que usa o formato consagrado pela "mesa redonda esportiva". Há outros casos de jornalismo em PC, mas creio que estes 3 mostram que Porto Claro ainda tem uma boa imprensa.

Qual o espaço do PSDN na política portoclarense?

O PSDN é um partido tradicional, que continua atuante na política nacional. Ao longo de sua história sempre buscou apoiar projetos de interesse nacional, independente de quem os tenha apresentado, por acreditar que com eles o país pode se desenvolver. O espaço que o PSDN possui na política na verdade não importa, o que importa é que independente de ter grande ou pequena participação em governos ou no Senado o partido sempre busca cumprir sua função, aliando a capacidade técnica de seus integrantes ao princípio democrático que o rege.

Fabiano Carnevale
Presidente do Senado

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10.12.06 • 23:50
O Valor de uma Vontade
Ygor Lázaro

Em tempos micronacionais, posso dizer que sou uma pessoa nova. Estou no mundo micro desde 2003, mas mesmo assim, já passei por Porto Claro, Mallorca e Pasárgada, e mais alguns turismos. Isso me fez conhecer muito sobre a estrutura das principais micronações lusófonas, e descobrir que quanto maior elas são, maior o ego de seus cidadãos.

Para a maioria, é muito melhor refazer um trabalho novo do que tentar utilizar uma tecnologia ou serviço já existente. Posso citar inúmeros exemplos, como no caso do ex-cantão pasárgado de Sloborskaia. Felipe Aron sempre foi a figura forte da então República Socialista. Mesmo antes de saber o que era micronacionalismo, ele já estava lá, com uma estrutura de dar inveja a outras micronações da época, como a Babylon ou Avalon. Fez-se rápida a junção com Pasárgada, mas o ego começou a ditar as regras. Muitos outros micronacionalistas como ele, saíram do trabalho conjunto para a criação de um estado justo, para satisfazer-se.

Uma outra vez entrei em uma discussão sobre a criação de uma Universidade em minha terra. Minha surpresa foi descobrir que ela já existia. Depois do fim da Comunidade Lusófona (parceria entre Pasárgada, Mallorca e Avalon), a Universidade da Comunidade Lusófona praticamente se extinguiu. Renomeada, passou ao status de esquecida. Não se vê mais ações como na poderosa universidade portoclarense. E novamente, o ego não deixa que a união de esforços leve o conhecimento a todos de direito. Uma possível troca de informações entre as cabeças do estudo pode criar uma das mais poderosas instituições públicas do micronacionalismo lusófono. Mas...

Um ótimo momento de esforço conjunto era na antiga República Federativa. Mallorca possuía o melhor instituto de estatística em língua portuguesa, o IMED. Com o fim de Mallorca, fim do IMED. Agora, outras micronações ainda poderosas ou fazem do seu jeito, ou pior: não fazem. A grande estrutura mallorquina, que consumiu anos de trabalho de muitos cidadãos, foi-se.

Quantas casas, partidos, instituições, micronações, idéias foram criadas e destruídas dessa maneira? Por quanto tempo mais nós vamos conseguir nos entender com uma renovação de velhas idéias, com a remontagem de velhos paradigmas?

Existem muitos casos de sucesso, como o de ex-cidadãos reuniãos que fundaram uma das maiores micronações do mundo. Mas, mesmo nesse sentido, contou-se com a ajuda de cidadãos reuniãos na ativa, utilizando muito conhecimento já adquirido. Nada de reinventar a roda. A diferença é que estava sendo feita uma coisa diferente, um novo meio de ver um mundo micronacional. Nada de virtualismos, nada de monarquias. Em pouco tempo se pôde colher os frutos, mas sejamos sinceros: até mesmo por aqui, existem momentos que o ego fala mais alto.

O micronacionalismo tem que ser maior que o pessoalismo. A sociedade tem que ser maior que o todo. Muitas idéias são boas porque leva o todo em consideração. Devemos nos lembrar de aplicar mais isso aqui, e esquecer o ego.

Ygor Lázaro

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9.12.06 • 16:41
Lições da Especialista
Danielle Pessoa

Lição Micronacional nº 2 - Vem cá, eu te conheço?!

DIS.CRE.TO: adjetivo
1- Reservado, modesto.
2- Que não chama a atenção; comedido.
3- Que não revela fatos ou segredos de outros.
4- Que não se intromete.
5- De pouca intensidade.
6- Pequeno.
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa)

Você algum dia já parou pra pensar qual é o seu perfil no micronacionalismo?

Após passar por uma saia muito justa na vida real, comecei a pensar a importância de ser uma pessoa discreta. Mas discreta em que sentido??? Não posso dizer que não chamo a atenção, uma vez que houve tempos em que eu era mais conhecida do que nota de 1 real, mas sei guardar segredos muito bem. Tá certo que eu não costumava me intrometer em certos assuntos... é isso mesmo, não costumAVA, no passado, porque ultimamente... ah, pouca intensidade??? mas eu sou a intensidade em pessoa, literalmente. Nada comigo pode ser superficial, senão não me envolvo, não me motivo. Eu também não tenho 2 metros de altura, sou pequenininha, mas não tem como não me notar.

E agora? Sou discreta ou não? E você?

Você acredita que existam dois tipos de micronacionalistas convivendo em harmonia (ou não). Uns chamam mais a atenção, falam pelos cotovelos, discutem a torto e a direito, botam a boca no trombone quando descobrem alguma coisa especial, e algumas vezes se mostram notáveis! E existem aqueles que pensam mil vezes antes de dizer qualquer coisa. Há aqueles a quem nós confidenciamos nossos maiores segredos e que fazem pequenas aparições nas listas. Não se envolvem muito, talvez por serem reservados, mas se mostram grandes pessoas, ainda que de maneira bastante modesta. Simples, não é mesmo?

Aí é que você se engana. Existem TRÊS tipos de pessoas: as discretas, as indiscretas e aquelas que são um pouco dos dois!

Agora a pergunta que não quer calar... você espera que eu fale de pessoas, não é mesmo?? tsc, tsc, tsc...

Você algum dia já parou pra pensar qual é o perfil de sua micronação?

Pois bem, a lição de hoje será essencial para que sua micronação tenha muito sucesso. Assim como não temos micromundo ideal, micronacionalista ideal também está longe de aparecer. Uma nação virtual é como uma empresa, você precisa dominar muito bem o seu funcionamento, sua estrutura e principalmente conhecer ao máximo a sua equipe. A diferença é que na empresa você realiza um processo de seleção onde apenas um será escolhido. Aqui não, porque normalmente acontece o contrário. A micronação é quem deseja ser escolhida por essa pessoinha que a princípio caiu de pára-quedas num mundo tão virtual quanto o seu próprio mundo real, e vice-versa. Você já havia parado pra pensar nisso? Pois eu penso nisso a todo instante.

Agora voltemos àquela definição no início do texto. Não necessariamente nessa mesma ordem, mas vamos lá:

(2) Discrição talvez seja uma palavra que possa até combinar com micronacionalista, mas não com micronação! Lembram daquele ditado Cresça e apareça ? O fato é que a preocupação em chamar a atenção e atrair mais adeptos deve começar mesmo com o nome. A Comunidade Livre de Pasárgada, mais carinhosamente chamada de Pas (assim ninguém erra no som de Z), tem parte do seu sucesso no próprio nome. Na literatura brasileira, Manuel Bandeira consagrou o nome Pasárgada como um lugar ironicamente ideal na poesia Vou-me embora pra Pasárgada. Digamos que 70% das pessoas que descobriram Pas, foram levadas pela poesia do Bandeira. Grande propaganda, não acham?? Três coisas vendem muito na publicidade: álcool, mulher e aventura. Essa poesia contém todos! Agora diga pra mim, isso chama ou não a atenção?! E como...

(1) De fato, é inegável a primeira inmpressão, mas a segunda grande etapa do processo eletivo é a consquista desse postulante. Muito importante essa etapa, uma vez que muitos pesquisam outras micronações a fim de descobrir em qual delas se adapta melhor; qual delas será eleita a sua micropátria! Para isso uma boa recepção já consegue abrir vários caminhos. Nada de ser reservado nessa hora, o primordial é mostrar-se solícito. É com mel que se pegam as abelhas.

(4) Não se faça de rogado. Meta-se com a sua vida é uma frase que aqui não cabe. Intrometa-se, peça contatos imediatos como msn, yahoo messenger, skype, orkut, face box, gazagg, dentre todos os meios possíveis e imagináveis que te permitam uma maior proximidade e acesso ao novato. Mas pegue leve. Uma pergunta de cada vez afinal você não quer assustar ninguém, não é mesmo? Você se permitindo conhecer melhor esse aspirante a cidadão, terá muito mais chances em ajudá-lo na adaptação, uma vez que dessa forma você poderá identificar tendências, inclinacões que permitirão um melhor direcionamento às atividades mais afins. Acredite... esse é o caminho certo para o sucesso.

(3) Se for necessário, seja criativo, faça uso da vaidade alheia. Jornalistas costumam usar muito esse artifício para conseguirem mais abertura em suas entrevistas. Não existe ser humano que não se derreta ao ter seu ego massageado. Descubra o ponto forte de seu postulante e batalhe! Ganhe sua confiança e se for preciso conte-lhe alguns segredinhos... isso mesmo! Algo não tão grave que possa prejudicar sua micronação e nem tão leve para que não o faça sentir-se bastante valorizado.

(5) Seja intenso. Nas palavras, nas páginas, na consistência, na estrutura, na sua personalidade. Miséria pouca é bobagem !!! Uma pessoa com conteúdo atrai muito mais. Com micronações não é muito diferente. Quanto mais sua micronação tiver pra oferecer, mais atrativa ela será para os futuros cidadãos e até mesmo para conservar os atuais, porque muitos acabam por desanimar, desistindo da árdua jornada.

(6) Nada de pensar pequeno. Pense grande! Seja ousado em seus projetos, em sua atitudes. A originalidade é uma carta na manga em qualquer área de nossas vidas, portanto seja original. Um novo idioma, um novo jogo, um novo sistema, não importa! O que vale é não deixar a peteca cair na mesmice depois de alguns anos.

E agora você pode me dizer qual o perfil de sua micronação? Agora é a hora!

Por hoje é só.

Danielle Pessoa,
atualmente é Oradora pelo cantão de Icária,
no Parlamento Comunitário da Comunidade Livre de Pasárgada

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8.12.06 • 16:24
Gestos e Posturas
Rodolfo Alvarellos

Ultimamente com a realização do ciclo de debates sobre formas de governos promovido pela Universidade de Porto Claro e consequentemente com a entrada de inúmeros diplomatas e participantes estrangeiros nós vimos mais uma vez vir a tona a querela entre a república de Porto Claro e o Sacro Império de Reunião sobre a posse do domínio da internet www.portoclaro.org, que é uma parte importante da história portoclarense e se encontra sobre o controle do imperador reunião Cláudio de Castro. Essa disputa levou as duas micronações a romperem relações formais que continuam sem uma resolução até a presente data.

Mas o que me levou a escrever este artigo não é a disputa em si, mas uma auto-crítica à forma como algumas autoridades portoclarenses se manifestaram a respeito do caso não condizendo com a postura que os cargos que elas ocupam merece.

Nós portoclarenses sempre nos queixamos da teoria de se dissociar o imperador reunião do cidadão macro que é o possuidor de “nosso” domínio, contudo nossas autoridades não se “comportam” como autoridades na hora de discutir o assunto e vemos juízes, ministros e até mesmo diplomatas tratando uma autoridade estrangeira de forma não condizente e particular ao trato entre esse tipo de autoridades. Não que eu esteja tirando ou diminuindo os motivos e razões de nossos cidadãos em relação ao assunto, mas quando o cidadão passa a ocupar outras responsabilidades deveria se policiar um pouco mais quanto ás formas.

Partindo desta ótica, e independente de achar que a contra-parte tenha autoridade autonomia para discutir o tema, uma possível re-abertura de negociação fica cada vez mais difícil em virtude dos gestos e posturas que adotamos de nosso lado. Eu sou partidário da tese de que se “eles” têm algo que queremos e nós não temos algo que “eles” queiram a melhor saída é conversar e conversar muito pois não será com paus e pedras que poderemos alcançar nossos objetivos.

Tenhamos sempre em consideração dois exemplos macro que são a Palestina e a Irlanda Norte, que vemos que onde se conversa se consegue chegar a algum tipo de resultado e onde a intransigência e falta de dialogo imperam apenas se colhe “destruição”.

Portanto vamos tratar de dialogar sem pré-julgamentos e pré-conceitos tentando alcançar um objetivo comum principalmente agora que as velhas práticas e políticas egocêntricas e ufanistas da lusofonia não encontram mais eco e quem sabe não conseguimos chegar a um denominador comum.


Rodolfo Alvarellos
Senador da República pelo PDL.

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6.12.06 • 15:11
Política etc

Neocon?

Ninguém duvida da legitimidade da meteórica ascensão política de Gustave Lièban. Não há o que se questionar a construção paciente de sua candidatura presidencial. Mas nem o militante mais ferrenho da esquerda da Frente Plural poderia imaginar um governo tão distante dos propósitos e ideais deste movimento político.

Elogia e recebe elogios rasgados das pessoas que mais lutaram para que a Frente Plural e o próprio projeto político pessoal dele naufragassem. Com memória curta, não lembra da fracassada articulação de Luiz Monteiro, propondo uma frente ampla de apoio ao Sávio que isolasse a FP no cenário político. Desgastado publicamente e derrotado eleitoralmente por duas vezes seguidas, Monteiro encontrou no governo Lièban um habitat promissor. Outrora desempregado, ganhou status de Ministro mais influente do governo, sendo o principal porta-voz das políticas de governo.

O Presidente da República gosta de posar de Dilma Roussef (como se isso fosse bom) mas faz governo de José Dirceu. Repete muito "eu faria", "eu fiz", "eu fui", "eu sou", "eu farei". Muita bravata e algumas tentativas duras de fazer valer seu projeto. De ultrajovem rebelde a neoconservador promissor? Os próximos quatro meses nos darão mais clareza sobre o caminho trilhado por Gustave. Até aqui, a opção foi por fazer uma espécie de "governo híbrido", com roupas de projeto renovador mas com um corpo desgastado, envelhecido e lento.

Adamastor, o burocrata.

Adamastor trabalha como revisor de assinaturas e "exposições de motivos" no departamento de "Ordens do Dia Retornadas", que fica situado no subsolo do Senado. Ele acredita em tudo o que os políticos falam na Lista Nacional. Ele acredita que o sistema monetário sairá em breve e acredita na objetividade da ANN. Adamastor acredita que a lista do governo é fechada porque todo governo bom tem lá os seus segredos. Nacionalista, acredita que Luca Dalbianco foi o maior parlamentar que o país já teve e carrega até hoje uma foto autografada do antigo líder do PN.

D. Fátima, a professorinha.

D. Fátima dá aulas de OSPP (organização social e política portoclarense) numa escola pública na capital de Pirraines. Sempre tenta explicar aos seus alunos o sofisticado politiquês portoclarense. Ela acha que, quando o Presidente da República diz que que quer "dividir" e "democratizar" a ANN, ele está querendo dizer que o seu atual diretor não é capaz de organizar um órgão de imprensa oficial a partir do Executivo que seja imparcial, objetivo e preciso e que cubra as notícias do país sem fazer política.

Fabiano Carnevale
Presidente do Senado de Porto Claro

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11:00
Edição 05
Arquivo Chrono
Revista Chrono Número 05
De 11 de Novembro a 6 de Dezembro de 2006
Aos novos
Augusto Júnior
Vanguarda, Vanguarda!
Rafael Braga
Política e Etc.
Fabiano Carnevale
Recepção e Retenção
Rodolfo Alvarellos
Lições da Especialista
Danielle Pessoa
Papos sobre o Governo
Gustave Lièban
Vanguarda! Vanguarda!
Rafael Braga
Política e Etc.
Fabiano Carnevale

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5.12.06 • 13:33
Vanguarda! Vanguarda!
Rafael Braga

É fato que a internet é ferramenta vital e base tecnológica para o micronacionalismo tal qual conhecemos hoje. Não fossem os e-mails, certamente não poderíamos ter micronações com número razoável de cidadãos, muito menos contando com gente de todo o Brasil e até de todo o mundo. Não podemos negar a importância da internet, porém, não podemos limitar nossa experiência micronacional ou nos tornar escravos dela.

Essa natureza tecnológica do micronacionalismo atual muitas vezes faz com que as pessoas confundam alguns conceitos ou vejam de forma equivocada o sentido de toda essa confusão que vivemos diariamente como parte integrante de nossas vidas. Essa mesma natureza tecnológica faz com que convivam, nem sempre harmoniosamente, leigos assumidos com especialistas na área de informática.

Essa semana me chamou a atenção, mais uma vez, a questão da mudança da Lista Nacional para o googlegroups, com suas defesas entusiasmadas, quando uma voz se levanta novamente, era Francisco Russo: Existe capacidade de armazenamento no googlegroups? É excelente o serviço, realmente não muda nada, mas... Alô? Alguém está um pouquinho preocupado com nossa história, nosso cotidiano?

Os "tecnófilos", como me convencionei a chamar, são extremamente práticos e racionais, é lógico, não poderiam ser diferentes. Estão antenados e adaptados a qualquer tipo de veículo de informação da internet, pois dominam e buscam sempre as mais modernas e avançadas tecnologias de comunicação. Por isso, têm a tendência de julgar que a tecnologia está acima das tradições: Se algo é melhor do ponto de vista tecnológico então deve ser implantado.

Digo têm a tendência porque nem todos os especialistas em informática são assim.

Só que o micronacionalismo não é uma lista de discussão, um site, uma comunidade do Orkut. A graça está na sensação que temos de viver uma realidade paralela, uma simulação de País. Os "tecnófilos" acham que a Lista Nacional deveria se tornar um fórum, tudo bem organizado, com tópicos bem definidos, cada um só lê e responde o que lhe interessa, com histórico bem guardado, analítico, quadrado e perfeito.

É normal que pensem assim, afinal de contas, como seria buscar informações sobre seus softwares e hardwares se não fosse através de um fórum? Não sei como é isso, mas imagino que deve ficar meio complicado: Tópicos misturados, uns respondendo as dúvidas dos outros, assuntos se misturando, daqui a pouco você nem sabe mais sobre qual sistema estão falando. Impossível. Só que o caos que deve ser evitado numa discussão técnica é o caos que necessariamente tem que estar presente em uma simulação social.

A micronação vive do caos, assim como a realidade. Se quisermos simular um País não podemos, de forma alguma, abrir mão da presença do caos. Ou algum de nós, por acaso, recebe diariamente apenas as informações que quer, como num fórum organizado? Somos bombardeados a todo o momento com informação, seja ela boa ou ruim, desejada ou indesejada e olha que por aqui ainda tem a tecla delete pra nos ajudar. Agimos, reagimos, e vivemos de acordo com o dia, de acordo com a hora, de acordo com o desaforo que ouvimos há dois minutos atas, com nossos sentimentos naquele segundo.

Por mais estranho que possa parecer aos "Tecnófilos", não existem tópicos na Lista Nacional: Os assuntos são complexos, interligados, inter-relacionados, são manipuláveis e perecíveis ao tempo, são vivos como um diálogo na praça, no elevador ou no ponto de ônibus. Nosso dia-a-dia não é estático como um fórum: É dinâmico como a vida, caótico como nossas cidades, imprevisível e volátil como em qualquer sociedade humana.

Retirar isso de nossa simulação é negar que o tempo tem influência sobre as pessoas, que duas mensagens que aparentemente não tenham ligação possam influenciar uma terceira (alguém assistiu "Efeito Borboleta"?), enfim, é fazer isso aqui ficar muito mais chato do que já está ficando. É essa loucura que chamamos de cotidiano, cuja existência é a essência e razão de ser do micronacionalismo.

Por isso que serei, a princípio, serei voz dissonante quando o modismo (ou o pragmatismo) volta e meia ronda a Lista Nacional. O pragmatismo acaba com o micronacionalismo: Com todo o respeito, vão ser tentar ser pragmáticos em suas vidas (é possível?)! Isso aqui é um lugar para sonhadores.

Rafael Braga
é Diplomata Nível 1

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3.12.06 • 14:26
Papos sobre o Governo
Gustave Lièban

O Artigo que está saindo hoje era pra ter saído semana passada. Infelizmente, por causa de problemas técnicos, não foi possível. Bem, eu planejei usar esse espaço para comentar sobre o Governo, o que estamos fazendo, o que vamos fazer, mas também outros assuntos (variante que está acontecendo no Cotidiano Nacional). Todo mês, até o fim do meu mandato, vou mandar um artigo com esse mesmo título “Papos sobre o Governo”. Será uma forma de comentar o governo para com os leitores, cidadãos de Porto Claro e até de outros países, para saber o que o Poder Executivo está fazendo.

Já estamos governando este país há 2 meses e iniciamos no último dia 1º de Dezembro nosso 3º mês, ou seja, quase metade do mandato. Em vários momentos surgiram reclamações, pedindo mais transparência do Governo. Realmente, uma falha que percebi no 1º mês (talvez a maior falha) foi justamente à falta de transparência. Ainda estava me acostumando com o cargo, e o Diretor da ANN no momento foi falho comigo e com a nação, o que fez a coisa ficar ainda mais “obscura”. Mas, o que será que o Governo fez nesse tempo? O que discutimos? O que planejamos? É isso que vamos conversar hoje aqui.

Começaremos pela Educação & Cultura. O Ministro Russo levou adiante um projeto que foi adotado no último Governo Ricardo Júnior, que percebi ser muito bom e quis continuar com ele. Daí os Cursos (do Ministério da Justiça) e agora o recente debate sobre formas de Governo (atendendo a pedidos de alguns setores do país que defendem um debate Presidencialismo X Parlamentarismo). Basicamente, nestes primeiros meses, o MEC buscou junto com MJ as estruturas para o que é hoje o Curso de Direto oferecido pelo Ministro da Justiça, Luiz Monteiro. Por sinal, com bastantes inscritos. E, juntamente com isso, o MEC e o Maison levaram convites para o Debate, e, felizmente, várias micros vão mandar representantes. Um ótimo evento que começará essa semana.

A Imigração voltou a ter sua normalidade. Depois das ausências constantes do Vice-Presidente Lucas Silva no cargo, acarretaram sua demissão. Durante as 2 semanas que fiquei interinamente no cargo, colocamos em ordem o Sistema, além de ter treinado a atual Ministra Carla Costa para assumir o cargo. De início no cargo, ainda se deparando com o novo Sistema, a Ministra foi conseguindo realizar a atividade, e, agora, está tranqüila no cargo, trabalhando, e até já especulando sobre novos projetos. Dentre eles está a preocupação, importantíssima por sinal, da atenção ao novo cidadão. Junto com o MEC, a Imigração estará elaborando um “Curso para cidadãos novos”, que será disponibilizado na UPC e que funcionará da maneira que o cidadão novo entra lá, lê o disponível, se informa de várias coisas em Porto Claro, o que o deixa muito mais tranqüilo com o nosso Cotidiano. Depois de “não-sucesso”, ou “não-continuísmo” nos antigos projetos de Tutoria, vamos tentar essa nova forma, que deve ser inaugurada no início do ano, já, que neste mês de dezembro, nossas atenções serão para elaborar o mesmo.

A Infra-Estrutura é uma área que está me trazendo muita alegria e tranqüilidade. Logo no início da nossa gestão, o Ministro Mitchel Bruno já atualizou as páginas de Porto Claro, o que, em outros termos, foi uma bela “limpeza” em nossos sítios (de certa forma deixou até mais bonita as nossas páginas). Além de ter solucionado vários Bugs nos Sistemas, o Ministro já deixou pronto o Censo, que será realizado este mês, e já está trabalhando no Sistema de Mensagens Oficiais, que deve ficar pronto até o início do ano, onde vamos começar a separação da Imigração. Este mês ainda, o Minfra vai disponibilizar os Sistemas para a realização de dois Plebiscitos (um sobre a pena de Expulsão, e outro sobre a mudança da LN para o Google Grupos e sua conseqüente abertura a público).

A Justiça está “existindo”, depois de mandatos inexistentes. Mas o mesmo MJ não está mais somente disponível para ser a “Polícia Nacional”. Obviamente o mesmo está sim preocupado com o cumprimento das Leis no país, mas, o que foi de grande importância para o enriquecimento da população, foi este curso inédito sobre os Processos Jurídicos em Porto Claro. Isso vai dar mais conhecimento a população de seus direitos e de como agir em momentos que precisar acionar o Judiciário. Sobre as críticas que recebo sobre o Ministro Luiz Monteiro, digo que o mesmo está fazendo seu trabalho em fazer valer as Leis (dever esse que seria de todos os cidadãos). Vale lembrar, também, que, se o mesmo ultrapassar o seu poder de Polícia, ele sabe que sua demissão está certa. É uma coisa que gostaria de deixar claro pára vários isso, o Ministro não está “sobre” a Lei, assim como ninguém está, e também não está fazendo isso.

As Relações Exteriores está fazendo, continuamente, seu trabalho excelente, dando a imagem de Porto Claro lá fora de nação amiga, e com uma política externa séria e estável. O Chanceler André Szytko continua buscando ajudar as outras micros com nossos Sistemas Tecnológicos, como a Imigração por exemplo. Até hoje, apenas Pathros recebeu nossa ajuda, mas, Sofia está para ser a outra micro a receber tal sistema.

No Turismo, depois de uma atuação inexistente do ex-Ministro Tiago Cunha, o mesmo ainda continua com pouco tímido (frente a Lista Nacional), com o Ministro Érico Borges. Mesmo meio quieto, o MinTUR está trabalhando para melhorar os Guias já feitos (principalmente o de Nouvelle Rouen), e também colocar todos no Site. O Ministro também está com contatos com o Senhor Enrique, morador da Guiana Francesa, para conseguir informações que possam originar mapas novos sobre Porto Claro. Além, claro, de estar iniciando o projeto de propaganda de Porto Claro em todo o micromundo.

Já os Esportes enfrentam um certo problema. Infelizmente o interesse populacional sobre as Ligas não surgiu, e estamos estudando a possibilidade de reformar alguns pontos do Projeto para que o MinESP não vire um Ministério figurativo. Esperamos que até o início do ano, o Ministério retorne novo e gerando atividade para o país.

Faltam algumas coisas para fazer? Claro. Muitas. O Programa de Governo está sendo cumprido, no entanto, como não estávamos com “base” para construir várias coisas no país, precisamos nos preocupar inicialmente com isso, para a partir disso conseguir realizar nosso Programa. Mas, estamos conseguindo. Apesar dos problemas, estamos trabalhando. Vários projetos estão em mente, mas, sobre eles gostaria de comentar em outro artigo, para não estender demais esse.

Finalizando, gostaria de agradecer a todos que torcem pelo sucesso dos nossos projetos. Agradecer pela ajuda que estão nos disponibilizando, e ver que várias coisas já estão acontecendo e participando do Cotidiano Nacional. Isso, sem dúvida, deixa não só a mim, mas todo o Governo, realizado.

Gustave Lièban
Presidente da República de Porto Claro

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2.12.06 • 18:49
Lições da Especialista
Danielle Pessoa

Lição Micronacional nº 1 - Papai Noel não existe e Coelhos não poem ovos, quiçá de chocolate!

U.TO.PI.A: substantivo feminino
- Descrição imaginativa de uma sociedade ideal
- Plano irrealizável; fantasia
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa)

Micronacionalismo... há três anos quando iniciei nesse mundo paralelo, não fazia idéias das grandes revelações que mudariam a minha vida. Huahuauha, tá bom, é piada. Apenas pra descontrair, afinal todo começo é um pouco perturbado, assim como foi meu começo micronacional. Acreditando na sociedade ideal, entrei de cabeça nesse universo desconhecido e me deparei com supresas espetaculares e, igualmente grandes decepções. A verdade é que descobri, depois de dois anos, qual é realmente o nosso micromundo ideal.

Somos escravos de nós mesmos. As idéias e os esforços voltados à criação e desenvolvimento dessa utopia, com o passar dos tempos vai nos aproximando cada vez mais do mundo real. Controverso, não acham? Eu também não acreditava nisso até então. Foram as observações de resultados positivos e negativos, bem como das crises e dos momentos de sucesso que me fizeram enxergar tal fato. Nos é tão difícil crer num mundo perfeito, uma vez que não compreendemos a perfeição propiramente dita, mas sim a percebemos pelo seu antônimo, que tal experiência provavelmente nos causaria tédio e insatisfação ao invés de prazer. O ser humano é dramático por natureza, adora uma desgraça e posso provar!

Eu não sei quanto a vocês, mas eu penso que micronacionalismo segue a mesma linha de uma novela. Uma trama com personagens protagosnitas e antagonistas, figurantes, os reveses, dentre vários fatores que podem fazer da novela um sucesso ou um fracasso. Vai depender do bom desenrolar da estória e da aceitação do público.

Quanto mais inusitada uma situação, maior a atenção do espectador, porque é aí onde mora toda a graça!

Um bom entretenimento deve estimular a nossa adrenalina. O que nos proporcionaria isso, um mar de rosas ou um inferno de Dante? Não pensem que estou fazendo apologia às intrigas e discussões que costumam assolar certas micronações, não mesmo. A questão é muito mais filosófica do que parece. Aliás, essas questões costumam ser levantadas com certa frequência. Em The Matrix, o arquiteto confessa a Neo que havia uma versão anterior, perfeita, mas que foi rejeitada, então recriaram o mundo imperfeito do final do século XX. E o equilíbrio, onde fica??? Sim, essa é a nossa questão. Por que não um equilíbrio?? Não gosto de extremos contínuos. Viver sempre num mundo de intrigas ou em um marasmo constante me mataria. Meu micromundo ideal deve ter um pouco de cada. No "marasmo" eu recobro minhas forças e na agitação eu as desgasto. Perfeito. A proeza é que as fases de cada um não coincidam, para que a nação flua adequadamente, sem "morrer". Essa também é a maior dificuldade na manutenção de uma micronação: atividade plena. Por isso precisamos das desgraças. Porque o que chamamos na gastronomia de desconstrução, no micronacionalismo eu chamaria de sobrevivência. É preciso desconstruir pra construir de novo. É preciso adaptar-se às mudanças. É preciso deixar de lado essa utopia e ser feliz. Vamos nos amar e vamos nos odiar, mas que tenhamos atitude para manter a roda girando. Isso é o mais importante.

Confesso que no início eu queria viver nesse mundinho cor-de-rosa, passei por várias fases e descobri finalmente o meu lugar, a minha essência. Essa adrenalina que uma vida micronacional pacata e serena não pôde me proporcionar foi ativada e agora é seguir em frente! Com fama de mediadora, experimentei tomar partido e gostei! E agora que não sou mais essa menina doce, de cachinhos dourados e vestida de rosa, não sei aonde vou parar... talvez no MA (Micronacionalistas Anônimos).

Depois que se experimenta descer as corredeiras, nunca mais um mar de rosas será como antes... nunca mais. E abaixo a utopia!

Danielle Pessoa
Oradora pelo cantão de Icária
no Parlamento Comunitário da Comunidade Livre de Pasárgada

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1.12.06 • 21:50
Recepção e Retenção
Rodolfo Alvarellos

Ultimamente tenho visto através das lista de distribuição de jornais micronação alguns fazendo coro a uma grande afluência de novos microcidadãos em seus sistemas de imigração. Eu como membro da Comissão de Imigração de Porto Claro tenho presenciado essa situação muito de perto pois mês após mês recebemos um grande número de solicitações de visto que relativamente rápido são aceitas, então de posse desse dado de que a captação de futuros novos micronacionalistas continua em certo ponto aos tempos áureos da lusofonia me vem uma questionamento muito importante que é o fato de que nosso hobbie está passando por uma latente crise principalmente em virtude da falta de renovação dos seus atores, e quais fatores poderiam estar levando à não retenção desses novos pretendentes.

A meu ver existem dois aspectos que têm levado a esse paradigma que são a forma como esses novos cidadãos são recebidos e a perda paulatina do ludismo, em toda amplitude do termo, que vem sofrendo a lusofonia.

Com relação à recepção parto da ótica portoclarense pois é a que vivi e em determinado ponto vivo ainda e nesses mais de 4 anos de micronacionalismo só tenho visto o sistema vir a menos e não a se desenvolver como era o de se esperar. Lá por volta de setembro de 2002 quando solicitei meu visto portoclarense, em virtude de uma matéria de jornal, antes de entrar diretamente na lista nacional fui recepcionado por um tutor, no meu caso foi o Paulo Azize atual juiz de Porto Claro, que passou quase uma semana me fornecendo informações e dicas, além de textos introdutórios, tanto por e-mail como pelo ICQ. Com essa prática o futuro cidadão, quando chegava à lista nacional, não se assustava com a quantidade de e-mails nem ficava totalmente perdido com os assuntos em voga no momento fazendo com que o mesmo se adaptasse de forma muito mais rápida e confortável a essa nova realidade.

A partir de então o que passei a ver foram as tutorias perdendo força e chegando ao ponto de o Ministério do Desenvolvimento Populacional, também conhecido como Mindep, ter sido extinto e a imigração não assumindo nem mesmo a função básica de enviar algum tipo de explicação ou texto sobre o funcionamento da micronação, deixando o novel cidadão a seu bel prazer, caindo em uma lista de distribuição com mais de 30 mensagens diárias e em sua maioria com um conteúdo não muito fácil de ser “digerido” sem nenhum tipo de explicação.

O outro aspecto importante que vejo que não contribui para a permanência desses novos postulantes é pouca ou não existência de atividades e canais que tragam prazer e entretenimento de forma mais imediata, e isto é de suma importância pois em sua quase totalidade esses candidatos são pessoas muito jovens que buscam na internet uma forma de diversão.

Todos nós os mais antigos nos viciamos esse bichinho estranho chamado micronacionalismo pelas infindáveis noites perdidas em salas de bate-papo do IRC, pelos campeonatos de futebol virtual no e-stadium, pelas olimpíadas com jogos do yahoo games, pelas disputas entre as micronações dos “QUIZ” em Andorra Imperial e inúmeras outras atividades que nos fizeram nos apaixonar por nossas micronações e posteriormente no dedicar às brigas políticas, às articulações diplomáticas e à criação de empresas que são em suma o que costumamos chamar de atividade no micronacionalismo.

Portanto para não me alongar mais, a meu ver a crise de renovação que vivemos atualmente na lusofonia está ocorrendo porque nós tornamos “mal-educados” e não sabemos receber mais os novos e principalmente porque a alegria não é mais o motor de nossa simulação. Nada que seja insolúvel mas que se requer um pouquinho de dedicação e vontade.

Rodolfo Alvarellos
Senador da República pelo PDL.

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