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28.11.06 • 12:04
Vanguarda, Vanguarda!
Rafael Braga

A questão do estilo de gerenciamento de equipe ministerial por parte dos Presidentes da República de Porto Claro não é uma discussão nova. É um assunto que volta e meia torna a aparecer na Lista Nacional e acaba puxando a discussão sobre forma e sistema de governo. Recordo-me que durante um dos governos de Francisco Russo, e já se vão por volta de 8 anos, foi cunhada a famosa expressão Governo Katinguelá.

Estávamos no auge do sucesso dos grupos de pagode e um dos mais famosos da época era o tal de Katinguelá. Quem fizer um pequeno esforço de memória poderá facilmente recordar daquelas fatídicas tardes de domingo, quando depois da "Banheira do Gugu" os grupos de pagode se apresentavam no famigerado "Domingo Legal": Seis ou sete pagodeiros enfileirados com suas jaquetas brilhantes e cordões metálicos, playback rolando, o vocalista dublava uma musiqueta brega e melódica fazendo caretas para a câmera enquanto os outros faziam coreografias ou balançavam de forma desengonçada seus instrumentos.

Essa visão do inferno é apenas para ilustrar o Governo Katinguelá: enquanto o Presidente canta (nada a ver com o Presidente Cantor, hehe), os ministros balançam os seus instrumentos. Sem o Presidente, o governo para. Essa era uma crítica ao Governo Russo, pois não conseguiu montar uma equipe ministerial com autonomia suficientemente consolidada a ponto de lhe permitir funcionar mesmo na ausência do Presidente.

Particularmente, acredito no presidencialismo como única forma viável de governo nas repúblicas micronacionais. O governo presidencialista está centrado na figura do Presidente e dele depende o seu sucesso, isso não é ruim, dado que nós o elegemos diretamente e democraticamente. O Presidente tem a obrigação de trazer o governo na rédea curta, ser ao mesmo tempo motivador, disciplinador, estrategista, porém, também político. O "ser político" certamente é o calcanhar de Aquiles do Presidente Gustave Lieban.

Ninguém pode condenar o Presidente por querer sempre estar presente em todos os setores do governo, controlar tudo. Somos uma república presidencialista e sob suas costas cairão todas as responsabilidades e erros do governo. O problema não é a onipresença presidencial que sufoca certos ministérios, nem o grau de autonomia que o Presidente determinou. O Presidente falha em um ponto fundamental do seu vi�s político: a falta de maleabilidade nas discussões intra-governamentais, quando se resolve na espada alguns assuntos que seriam contornados através da política.

O governo não é o único, mas certamente é o principal impulsionador da atividade micronacional: quando o governo vira as costas para o País, abre as portas para a inatividade. Falando especificamente do caso do ex-ministro Augusto Jr., fica claro que faltou um pouco mais de experiência ao Presidente, pois conceder tambêm é ganhar e, afinal de contas, não eram posições tão irreconciliáveis assim.

Em suma, um pouquinho mais de traquejo político poderia ter evitado uma descarga de críticas severas que Lieb�n teve de rebater uma a uma, perdendo seu valios�ssimo tempo e voltando o foco da Lista Nacional para um rumo ainda mais longe do desenvolvimento do País.

Lieb�n poderia recorrer internamente ao seu Partido para compensar um pouco sua falta de experiência, porém toma o rumo contrário ao se aproximar dos tucanos, os maiores interessados na fervura do caldeirâo da Frente Plural. Mas isso já é assunto para outra coluna.


* * *

Em meados de junho de 1997 eu era um micronacionalista novato, de 17 anos, completamente empolgado com esse novo mundo que estava conhecendo e querendo fazer (e ser) de tudo um pouco em Porto Claro. Apôs ser admitido no Partido Verde rapidamente tomei conta do jornal do Partido � época.

Totalmente sem noção como eu era, editei o jornal partidário com acontecimentos de Porto Claro, do Partido e uma ou duas matérias macronacionais, lembro até hoje de uma delas, que tinha a ver com a tenista Mônica Seles (!?).

Algum tempo depois retornou um e-mail muito pouco educado do Pedro Aguiar me espinafrando porque eu tinha colocado notícias macronacionais no jornal do PV, que "jornal partidário não era lugar pra notícia macronacional", que pra isso ele lia "O GLOBO". Fiquei puto dentro das minhas calças, queria encontrar com o Pedro pra dar uma porrada na cara dele pelo jeito petulante que tinha falado, mas ele tinha total razão. Aprendi que �rg�os de imprensa, macro ou micronacionais, têm sua função e características bem definidas que devem ser sempre respeitadas.

Eu aprendi.

Rafael Braga
Diplomata Nível 1

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