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1.12.06 • 21:50
Recepção e Retenção
Rodolfo Alvarellos

Ultimamente tenho visto através das lista de distribuição de jornais micronação alguns fazendo coro a uma grande afluência de novos microcidadãos em seus sistemas de imigração. Eu como membro da Comissão de Imigração de Porto Claro tenho presenciado essa situação muito de perto pois mês após mês recebemos um grande número de solicitações de visto que relativamente rápido são aceitas, então de posse desse dado de que a captação de futuros novos micronacionalistas continua em certo ponto aos tempos áureos da lusofonia me vem uma questionamento muito importante que é o fato de que nosso hobbie está passando por uma latente crise principalmente em virtude da falta de renovação dos seus atores, e quais fatores poderiam estar levando à não retenção desses novos pretendentes.

A meu ver existem dois aspectos que têm levado a esse paradigma que são a forma como esses novos cidadãos são recebidos e a perda paulatina do ludismo, em toda amplitude do termo, que vem sofrendo a lusofonia.

Com relação à recepção parto da ótica portoclarense pois é a que vivi e em determinado ponto vivo ainda e nesses mais de 4 anos de micronacionalismo só tenho visto o sistema vir a menos e não a se desenvolver como era o de se esperar. Lá por volta de setembro de 2002 quando solicitei meu visto portoclarense, em virtude de uma matéria de jornal, antes de entrar diretamente na lista nacional fui recepcionado por um tutor, no meu caso foi o Paulo Azize atual juiz de Porto Claro, que passou quase uma semana me fornecendo informações e dicas, além de textos introdutórios, tanto por e-mail como pelo ICQ. Com essa prática o futuro cidadão, quando chegava à lista nacional, não se assustava com a quantidade de e-mails nem ficava totalmente perdido com os assuntos em voga no momento fazendo com que o mesmo se adaptasse de forma muito mais rápida e confortável a essa nova realidade.

A partir de então o que passei a ver foram as tutorias perdendo força e chegando ao ponto de o Ministério do Desenvolvimento Populacional, também conhecido como Mindep, ter sido extinto e a imigração não assumindo nem mesmo a função básica de enviar algum tipo de explicação ou texto sobre o funcionamento da micronação, deixando o novel cidadão a seu bel prazer, caindo em uma lista de distribuição com mais de 30 mensagens diárias e em sua maioria com um conteúdo não muito fácil de ser “digerido” sem nenhum tipo de explicação.

O outro aspecto importante que vejo que não contribui para a permanência desses novos postulantes é pouca ou não existência de atividades e canais que tragam prazer e entretenimento de forma mais imediata, e isto é de suma importância pois em sua quase totalidade esses candidatos são pessoas muito jovens que buscam na internet uma forma de diversão.

Todos nós os mais antigos nos viciamos esse bichinho estranho chamado micronacionalismo pelas infindáveis noites perdidas em salas de bate-papo do IRC, pelos campeonatos de futebol virtual no e-stadium, pelas olimpíadas com jogos do yahoo games, pelas disputas entre as micronações dos “QUIZ” em Andorra Imperial e inúmeras outras atividades que nos fizeram nos apaixonar por nossas micronações e posteriormente no dedicar às brigas políticas, às articulações diplomáticas e à criação de empresas que são em suma o que costumamos chamar de atividade no micronacionalismo.

Portanto para não me alongar mais, a meu ver a crise de renovação que vivemos atualmente na lusofonia está ocorrendo porque nós tornamos “mal-educados” e não sabemos receber mais os novos e principalmente porque a alegria não é mais o motor de nossa simulação. Nada que seja insolúvel mas que se requer um pouquinho de dedicação e vontade.

Rodolfo Alvarellos
Senador da República pelo PDL.

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Comentários
Gostaria de parabenizar a Revista e ao Sr. Rodolfo !

A recepção dos novos deve ser uma prioridade para todas as micronações ! Infelismente Porto Claro vem pecando nesse ponto !

Precisamos rever este ponto urgentemente !

Abs

Anonymous Anônimo   04 dezembro, 2006 22:30