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10.12.06 • 23:50
O Valor de uma Vontade
Ygor Lázaro

Em tempos micronacionais, posso dizer que sou uma pessoa nova. Estou no mundo micro desde 2003, mas mesmo assim, já passei por Porto Claro, Mallorca e Pasárgada, e mais alguns turismos. Isso me fez conhecer muito sobre a estrutura das principais micronações lusófonas, e descobrir que quanto maior elas são, maior o ego de seus cidadãos.

Para a maioria, é muito melhor refazer um trabalho novo do que tentar utilizar uma tecnologia ou serviço já existente. Posso citar inúmeros exemplos, como no caso do ex-cantão pasárgado de Sloborskaia. Felipe Aron sempre foi a figura forte da então República Socialista. Mesmo antes de saber o que era micronacionalismo, ele já estava lá, com uma estrutura de dar inveja a outras micronações da época, como a Babylon ou Avalon. Fez-se rápida a junção com Pasárgada, mas o ego começou a ditar as regras. Muitos outros micronacionalistas como ele, saíram do trabalho conjunto para a criação de um estado justo, para satisfazer-se.

Uma outra vez entrei em uma discussão sobre a criação de uma Universidade em minha terra. Minha surpresa foi descobrir que ela já existia. Depois do fim da Comunidade Lusófona (parceria entre Pasárgada, Mallorca e Avalon), a Universidade da Comunidade Lusófona praticamente se extinguiu. Renomeada, passou ao status de esquecida. Não se vê mais ações como na poderosa universidade portoclarense. E novamente, o ego não deixa que a união de esforços leve o conhecimento a todos de direito. Uma possível troca de informações entre as cabeças do estudo pode criar uma das mais poderosas instituições públicas do micronacionalismo lusófono. Mas...

Um ótimo momento de esforço conjunto era na antiga República Federativa. Mallorca possuía o melhor instituto de estatística em língua portuguesa, o IMED. Com o fim de Mallorca, fim do IMED. Agora, outras micronações ainda poderosas ou fazem do seu jeito, ou pior: não fazem. A grande estrutura mallorquina, que consumiu anos de trabalho de muitos cidadãos, foi-se.

Quantas casas, partidos, instituições, micronações, idéias foram criadas e destruídas dessa maneira? Por quanto tempo mais nós vamos conseguir nos entender com uma renovação de velhas idéias, com a remontagem de velhos paradigmas?

Existem muitos casos de sucesso, como o de ex-cidadãos reuniãos que fundaram uma das maiores micronações do mundo. Mas, mesmo nesse sentido, contou-se com a ajuda de cidadãos reuniãos na ativa, utilizando muito conhecimento já adquirido. Nada de reinventar a roda. A diferença é que estava sendo feita uma coisa diferente, um novo meio de ver um mundo micronacional. Nada de virtualismos, nada de monarquias. Em pouco tempo se pôde colher os frutos, mas sejamos sinceros: até mesmo por aqui, existem momentos que o ego fala mais alto.

O micronacionalismo tem que ser maior que o pessoalismo. A sociedade tem que ser maior que o todo. Muitas idéias são boas porque leva o todo em consideração. Devemos nos lembrar de aplicar mais isso aqui, e esquecer o ego.

Ygor Lázaro

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