Gestos e Posturas
Rodolfo Alvarellos
Ultimamente com a realização do ciclo de debates sobre formas de governos promovido pela Universidade de Porto Claro e consequentemente com a entrada de inúmeros diplomatas e participantes estrangeiros nós vimos mais uma vez vir a tona a querela entre a república de Porto Claro e o Sacro Império de Reunião sobre a posse do domínio da internet www.portoclaro.org, que é uma parte importante da história portoclarense e se encontra sobre o controle do imperador reunião Cláudio de Castro. Essa disputa levou as duas micronações a romperem relações formais que continuam sem uma resolução até a presente data.
Mas o que me levou a escrever este artigo não é a disputa em si, mas uma auto-crítica à forma como algumas autoridades portoclarenses se manifestaram a respeito do caso não condizendo com a postura que os cargos que elas ocupam merece.
Nós portoclarenses sempre nos queixamos da teoria de se dissociar o imperador reunião do cidadão macro que é o possuidor de “nosso” domínio, contudo nossas autoridades não se “comportam” como autoridades na hora de discutir o assunto e vemos juízes, ministros e até mesmo diplomatas tratando uma autoridade estrangeira de forma não condizente e particular ao trato entre esse tipo de autoridades. Não que eu esteja tirando ou diminuindo os motivos e razões de nossos cidadãos em relação ao assunto, mas quando o cidadão passa a ocupar outras responsabilidades deveria se policiar um pouco mais quanto ás formas.
Partindo desta ótica, e independente de achar que a contra-parte tenha autoridade autonomia para discutir o tema, uma possível re-abertura de negociação fica cada vez mais difícil em virtude dos gestos e posturas que adotamos de nosso lado. Eu sou partidário da tese de que se “eles” têm algo que queremos e nós não temos algo que “eles” queiram a melhor saída é conversar e conversar muito pois não será com paus e pedras que poderemos alcançar nossos objetivos.
Tenhamos sempre em consideração dois exemplos macro que são a Palestina e a Irlanda Norte, que vemos que onde se conversa se consegue chegar a algum tipo de resultado e onde a intransigência e falta de dialogo imperam apenas se colhe “destruição”.
Portanto vamos tratar de dialogar sem pré-julgamentos e pré-conceitos tentando alcançar um objetivo comum principalmente agora que as velhas práticas e políticas egocêntricas e ufanistas da lusofonia não encontram mais eco e quem sabe não conseguimos chegar a um denominador comum.
Rodolfo Alvarellos Senador da República pelo PDL. Marcadores: alvarellos, colunas
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