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21.12.06 • 00:43
Política etc
Fabiano Carnevale

Uma invasão de idéias

Num país onde alguns homens de poder se orgulham de ter criado um país mais "seguro" através de leis e muitas regras, o Senador Elias Oliveira é um daqueles cidadãos que contribuem de verdade para que Porto Claro tenha hoje um robusto sistema de páginas e armazenamento. Não muito afeito aos holofotes da Lista Nacional, intervém sempre quando a situação chega aos limites do conservadorismo insuportável e quase sempre nos brinda com excelentes pontos-de-vista sobre a realidade do país. O e-mail enviado por ele sobre os recentes "ataques" é um primor pelo rigor da análise dos fatos e pelo afastamento que consegue ter da paixão exalada pelos quatro cantos do país durante essa discussão.

Para ele, a grande guerra a ser vencida é a de idéias. Se queremos vencer uma micronação que simula o atraso e submissão, precisamos aprofundar e divulgar ao micromundo nossa predisposição com a democracia e as transformações sociais. O Senador acredita que "por incrível que pareça, para quem olha aquela lista nacional (de Reunião) vê um governo mil vezes mais transparente que o governo portoclarense". Qualquer pessoa do micromundo pode visitar as loucuras do Imperador. Algumas vozes de Porto Claro querem fechar mais ainda o país, segregando turistas por sua origem micronacional.

Com refinada ironia mas sem perder a seriedade, fala que o "cidadão de Reunião já é naturalmente isolado do resto do micromundo, com um governo tão perfeito, tão transparente, por quais motivos teria de ficar lendo 4, 5 ou 6 jornais diferentes de diferentes micronações (se é que existem tantos jornais assim)". Dessa forma, "não há motivos, ele vê um governo trabalhando, tem empresas trabalhando, partidos ativos, suas pseudo liberdades".

Como resposta, o Senador sugere " palestras muito bem divulgadas, cursos igualmente muito bem divulgados, torneios de qualquer jogo de qualquer das micronações aliadas (...), qualquer coisa que tenha uma boa divulgação e que principalmente, invada a lista nacional de Reunião. Vai lá um cidadão portoclarense qualquer com visto de turista somente para marcar a sua presença, mostrar que PC existe, e vai jogando as nossas propagandas lá também, seja no rodapé das mensagens enviadas ou encaminhando as propagandas oficiais mesmo".

Precisamos mostrar para os cidadãos que vivem sob ditaduras no micromundo que, como bem disse o Senador Elias, "existe vida fora da caverna". Isso não uma questão de bom-mocismo (ainda que a política e a diplomacia devessem ser coisas de bons moços e moças) e sim de bom-senso. Sem maiores ilusões de subverter o regime reunião, mas reafirmando a fronteira entre uma ditadura boa de propaganda e uma democracia plural e pacifista. Simples e eficaz.

Falcões

Quando George W. Bush disse em 2001 que a "nossa nação também necessita de uma estratégia clara para enfrentar as ameaças do século XXI, ameaças que são mais dispersas e menos declaradas. (...) Para proteger nosso próprio povo, nossos aliados e amigos, necessitamos desenvolver e expandir defesas eficientes (...) " não estava pensando no micromundo. Mas, quando o Presidente da Suprema Corte portoclarense disse sobre os ataques de mailbomb que "trata-se de insegurança generalizada em todas as micronações livres e independentes" e que "algo há de ser feito de modo cooperativo entre todos os defensores da paz e da liberdade micronacional para que minimizemos e, quiçá, extinguamos esta sensação de insegurança que todos sentimos neste momento (...) [,] precisamos nos unir para que não existam mais vítimas dessa estória", ele provavelmente pensava em Bush. Ou então, é um caso típico - e comum - de citação platônica.

Adamastor, o burocrata

Adamastor trabalha na burocracia Senado, considera Luca Dalbianco o maior Senador que este país já teve e está agora se empenhando para organizar uma milícia chamada Célula de Defesa da Democracia, para expulsar a paus e pedradas qualquer reunião que ouse cruzar nossas fronteiras.

3 perguntas para: Edson Veloso

O que é ser de esquerda no micronacionalismo hoje?

Ser de esquerda no micronacionalismo hoje é, antes de tudo, algo extremamente desgastante. É preciso lutar contra o pensamento dos partidos sem ideologias, que pregam o “amiguismo”, e ser de esquerda é isso. Ter um partido socialista, fazer a luta pela coletivização das ações e a democratização radical do governo. Um governo literalmente feito por aqueles que estão na nação. Ser de esquerda no micromundo é, antes de tudo, uma afirmação de que é possível construir um projeto extremamente socialista, igualitário e, ao mesmo tempo, fraterno e que tome conta das pessoas. Uma afirmação de que a maior preocupação, a maior obra, é o cuidado com as pessoas.

Qual é o espaço da esquerda na política portoclarense?

Pequeno de fato. No meu entender, a Frente Plural é um movimento amplo e não, de fato, um partido comprometido com a construção de um projeto de características populares. Sendo assim, fica só o Partido Socialista Libertário fazendo esse papel. Que de fato, como já disse, é extremamente desgastante. A característica das pessoas que hoje ocupam Porto Claro é de acreditar no fim das ideologias, no pós-modernismo, na mutação e na não-existência de determinantes na sociedade. É preciso partir pra esse convencimento, assim como também é preciso apaixonar as pessoas por um projeto de democracia radical que, ao mesmo tempo, politize a população, mas que também lhe dê forças pra lutar.

Quais são as conseqüências do ataque de mailbomb para as relações entre Porto Claro e Reunião?

Acredito que não há conseqüências imediatas. Uma investigação deve ser feita e, se possível, deve-se achar os culpados. Eu, pessoalmente, acredito ser muito difícil disso ocorrer, já que as questões de sigilo diante das empresas provedoras da internet são muito fortes. Para o micronacionalismo, um ultimato. A tristeza que hoje é vista no semblante dos micronacionalistas portoclarenses deve servir para encher-nos de vontade para a construção de um micromundo unido. Ou revemos nossas diferenças em fóruns comuns e verdadeiramente plurais, e, sendo dessa forma, construímos instâncias para garantir a segurança e a paz micronacional, ou ficaremos à revelia de figuras medonhas como os terroristas da honra imperial, ou seja lá quem for, ou mesmo de estadistas despreparados que não têm cabeça para entender o que é aceitar um grupo terrorista como parte integrante de sua nação.

Fabiano Carnevale
Presidente do Senado de Porto Claro

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