Fabiano Carnevale
A lista de suplência tungou o voto popular
Criado para dar ao eleitor mais controle sobre o seu representante, o voto nominal foi um avanço para a democracia portoclarense. Entretanto, os legisladores embutiram nele um mecanismo draconiano, que pune os partidos que não encontram condições de fazer uma lista de suplentes.
Esse mecanismo acaba de tungar um representante da Frente Plural, que será substituído por um representante indicado pelo PSDN. A FP teve 14 dos 31 votos (cerca de 45%), o PSDN teve 8, pouco mais que a metade dos votos dados a FP. As duas bancadas agora são iguais, desrespeitando o resultado das urnas e desequilibrando a representatividade eleitoral exigida pelo jogo democrático. Se um raio caísse no meio de uma reunião da bancada da Frente Plural e nos matasse, mais de 40% dos votos dados pelos eleitores na última eleição seriam jogados no lixo.
Depois de uma eleição na qual tivemos menos candidatos que vagas, agora teremos um Senador biônico, sem voto nominal nem partidário. Será apenas a conseqüência direta de uma "punição" mal-feita da nossa legislação. Em última instância, o cumprimento de uma formalidade se tornou mais importante que a vontade soberana do eleitor. O legislador mirou nos partidos mas acabou atingindo a decisão dos eleitores.
Diário da Corte: Robusto Comendador
Ruborizam-se até os mais fervorosos colaboradores do Príncipe, com a desenvoltura com a qual circula o Comendador pelos gabinetes palacianos. O Comendador palpita sobre quase todos os aspectos da administração pública, chegando a incomodar alguns ministros. O próprio Príncipe já dá sinais de que está insatisfeito por estar sendo ofuscado pela ânsia do Comendador. Sua alteza tem tentado instigar alguns ministros a se manifestarem, imaginando que assim poderá contrabalancear a robusta presença do Comendador.
Adamastor, o burocrata
Adamastor trabalha no Senado, acredita em tudo o que os políticos falam e vai votar "sim" no plebiscito da mudança de servidor da Lista Nacional.
Nos tempos do DP
A recepção dada ao Chanceler de Reunião por algumas autoridades e personalidades do país deixariam Pedro Aguiar orgulhoso de sua criação. E o silêncio do governo chega a constranger.
3 perguntas para: Francisco Russo
Dá para comparar Porto Claro atualmente com a de 97?
Não dá. São épocas muito diferentes, não só na estrutura como também na composição da população. Em 97 não existiam os chamados "dinossauros" nem pessoas vindas de outras micronações - que nem mesmo existiam na época -, eram todos novatos tentando fazer algo pela 1ª vez. Em compensação havia o Aguiar, de enorme influência, sendo que hoje não temos alguém que chegue nem perto desta situação. 1997 foi uma época de descobertas, até mesmo de ingenuidade. Em 2006 praticamente todas as descobertas já foram feitas, a busca é por um meio de melhorá-las ou até mesmo reconstruí-las.
Há jornalismo em Porto Claro?
Acredito que sim. Os Sinos é um exemplo de bom jornalismo, que tem como proposta cobrir os fatos mais relevantes do país. A Chrono tem coberto uma lacuna existente desde o fim d'O Impacto, que é o de apresentar regularmente colunas opinativas. E há ainda o Direto do Beco, com um proposta inteiramente diferente de ambos, que usa o formato consagrado pela "mesa redonda esportiva". Há outros casos de jornalismo em PC, mas creio que estes 3 mostram que Porto Claro ainda tem uma boa imprensa.
Qual o espaço do PSDN na política portoclarense?
O PSDN é um partido tradicional, que continua atuante na política nacional. Ao longo de sua história sempre buscou apoiar projetos de interesse nacional, independente de quem os tenha apresentado, por acreditar que com eles o país pode se desenvolver. O espaço que o PSDN possui na política na verdade não importa, o que importa é que independente de ter grande ou pequena participação em governos ou no Senado o partido sempre busca cumprir sua função, aliando a capacidade técnica de seus integrantes ao princípio democrático que o rege.
Fabiano Carnevale
Presidente do Senado
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